Quando as pessoas perguntam a respeito do meu envolvimento com a tecnologia da informação, a resposta mais direta que tenho a oferecer é que sou um entusiasta da tecnologia. Diferentemente das gerações anteriores – que não dispunham de smartphones e conexão 4G – é tão difícil definir quanto a tecnologia influencia na minha vida, quanto é difícil definir quanto tempo passo conectado.
Você se considera um internauta? Quanto vale um diploma em uma época em que há tanta informação disponível gratuitamente? Quem é tecnologista?
Por mais simples que possa parecer, não há resposta fácil. Apesar de a classificação binária ser a que define a tecnologia da informação, é a aristotélica – hierarquização conceitual que divide um tema geral em espécies a partir da aplicação de uma característica classificatória – que parece mais adequada ao entendimento das implicações sociais da tecnologia.
Assim como o estudo da matemática e da física separam-se mais para fins didáticos do que para fins práticos, não é possível caracterizar um indivíduo de acordo com critérios e categorias estanques. Em casos em que a conceituação objetiva não alcança as nuances de uma personalidade, resta à analogia o papel de fazer entender a multidimensionalidade das características que constituem o indivíduo.
Sou também interessado por música, mas decidi dedicar-me profissionalmente a outras atividades, sem contudo abandonar sua paixão – veja o que eu aprendi com quem nada tinha a me ensinar. Conforme a maturidade foi lograda, ao longo dos anos, paixão e profissão foram se imiscuindo.
Escutando muita música, estudando sua história e brincando com partituras, a prática foi cada vez mais ocupando o espaço antes reservado à teoria. Saber a distância entre a minha própria relevância e a de João Carlos Martins, não me intimidou ou me fez gostar menos de música; em verdade, teve o efeito contrário, obtive inspiração de sua história de vida e de suas produções.
Após muitas vezes ser DJ em festinhas de amigos, passei a produzir minhas próprias composições ao ponto de – mesmo sabendo não ter a estatura de um Mark Marky nem o hype de uma Paris Hilton – criar coragem para torná-las públicas. Como eu sempre digo:
o perfeito é inimigo do feito!
Assim como a música, a tecnologia sempre fez parte da minha vida. Estudando, aprendendo e utilizando, surgiu a oportunidade novamente de aliar uma paixão com um empreendimento profissional: as palestras sobre tecnologias vestíveis.
Tecnologia, inovação e coragem sempre estiveram presentes no Mundo Através do Glass e permaneceram assim ao longo dos meses, graças a “maestros” e “orquestras” que não apenas reconheceram o esforço de um aprendiz como também, verdadeiramente, vivem o que pregam – código aberto, conhecimento livre, compartilhamento irrestrito de informação. Agradeço – entre outros – a LeWeb Paris, Crazy Tech Guys, Centro de Desenvolvimento Tecnológico da UnB, Espaço Multiplicidade, Instituto Illuminante, que são os verdadeiros maestros da tecnologia.
Orientamo-nos pela busca e pelo compartilhamento de conhecimento, para a formação de uma sociedade mais consciente das potencialidades das tecnologias e de seus deveres morais diante delas. Por isso, em ocasiões diferentes, utilizando dos instrumentos à nossa disposição, nos juntamos para fazer um som diferenciado.
O estilo musical da vez é o merengue. Ritmo musical de forte influência dos tambores de batidas sincopadas de 2/4, adocicado pela precisão dos metais (instrumentos de sopro) e largamente difundido na América Latina, tem elementos imprescindíveis para que seu ritmo tão característico contagie quer que o esteja ouvindo.
De maneira análoga, os instrumentos (assuntos) para mais um evento de tecnologia estão afinados com as tendências do mercado e seus respectivos músicos (palestrantes) estão a postos para compartilhar o conhecimento, de maneira simples e divertida, como é o merengue.
E no dia 27/09/2014, tem início a DevFest Centro-Oeste, uma iniciativa dos Grupos de Desenvolvedores do Google (GDG) de Brasília/DF, Goiânia/GO e Campo Grande/MS que vai reunir, em um único dia grandes tecnologistas, como Alê Borba (Google Cloud Plafform), Nelson Glauber (AndroidWear), Luís Leão (Internet das coisas), Mario Busato (Material Design), Walison Moreira (APIs do Google), Aluízio Araújo (Começando com Android). Assim como teria sido muito mais difícil a 9ª Sinfonia ter se tornado conhecida dos seus contemporâneos sem o apoio de Leopoldo II da Bélgica, o evento foi possibilitado pelo apoio de empresas como Google Brasil, Triangulum, Tuturing, Vision, Acieg, ComTec, Certifiq.
Por fim, convido todos a comparecerem à apresentação de “O Mundo Através do Google Glass: tecnologia, inovação e coragem” em Goiânia e depois curtir a noite dançando merengue – serio!.
Um Comentário
Wesley Cardoso
Interessante
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