Quando chega o dia 25 de março faltam 281 para acabar o ano. É um período de baixas de venda no setor de moda e vestuário, mas os empresários dessa área se aproveitam do São Paulo Fashion Week para impulsionar as vendas. De Londres à Tokio é sabido que o que há mais moderno em termos de moda está na rua. Porque não ir à rua mais movimentada da cidade para saber o que está na moda?
A Rua 25 de Março é um ponto turístico para os viajantes mais consumistas. Lá concentram-se as revendas das principais fábricas de atacado do setor. No entanto, se você busca artigos eletrônicos, você será muito bem servido nessa área. A Galeria Pajé – é a versão brasileira do “outlet”, criada mesmo antes a proliferação dos shoppings centers no Brasil – está a poucos metros dalí.
Há quem acredite que o processo que ensejou a promulgação da primeira Constituição brasileira, no dia 25 de março de 1824, foi uma fez a sociedade brasileira descender o caminho do progresso. Coincidentemente, chegando de metrô ou a pé – porque de carro é inviável em qualquer época do ano -, para chegar à Rua 25 de março é preciso descer a Ladeira Porto Geral.
Se você considera que a melhor forma de protestar é agir contra as regras que oprimem a sociedade, a “25”
– como os paulistanos chamam essa famosa rua – é o local ideal para demonstrar sua insatisfação com relação aos abusivos tributos impostos pelo Governo sobre todo tipo de produto. Por isso, essa região é reduto de todo tipo de contraventor manifestante e é recomendado que cuide bem dos seus pertences quando estiver nas imediações.
Julgando o cavalo pelos dentes: http://www.guiada25.com.br/
Lá você encontra os verdadeiros e originais foodtrucks, a preços realmente populares e perfumando o ambiente. Não distante dali está o tradicional e organizado Mercado Municipal e a BMF Bovespa. Se você gosta mesmo é da rua, a região da 25 tem tudo o que você precisa para “ajudar movimentar a economia brasileira” – e deixar para se preocupar com a fatura do cartão no final do mês.
Devido a concentração de lojas e à especialização de alguns estabelecimentos, os comércios dos mais diversos setores oferecem seus produtos a preços a baixo do praticado na maioria das cidades, fato que justifica a presença maçiça de sacoleiras empreendedoras
de diversas regiões do país. É interessante notar que a alta sociedade, sobretudo aquele relacionada ao setor da moda, também busca renovar seus estoques nas lojas dessa rua.
Assim, como a Avenida Paulista, a R$ 25 de março é uma daquelas vias que por mais que se tente evitar, em algum momento do ano todo paulistano passa por ela. Tanto para o trabalho quanto para o lazer, ela é uma epítome
identitária da realidade brasileira, onde a ilegalidade informalidade convive diariamente com o estabelecimento de negócios tradicionais e nem o descaso do Estado para com o bem público desanima transeuntes a exercerem sua cidadania da maneira mais latente: pelo lado econômico, comprando!
http://www.etectiquatira.com.br/?s=modelagem