“Solte a fera pela vida”
Este é o tema central e celebra a vida, é um grito que clama em favor da tolerância zero ao comércio ilegal de animais silvestres. O tráfico de animais silvestres causa uma variedade de problemas que precisam ser mapeados para o entendimento pleno das perdas:
“Tornou-se chocantemente óbvio que a nossa tecnologia excedeu a nossa humanidade.” (Albert Einstein)
A Biodiversidade é mortalmente atingida, causada pela captura indiscriminada, sem os cuidados que adviriam de um comércio racional;
Os Ecossistemas, que são intrinsecamente conectados, perdem um elo de sua cadeia a cada animal captura;
“Trocava toda minha tecnologia por uma tarde com Sócrates.” (Steve Jobs)
Obs: sem problema nenhum, ele (Jobs) criaria mais tecnologia ainda depois do encontro.
A Economia é profundamente atingida, a medida que movimenta setores diversos para o combate do tráfico e ainda assim desconsiderando todos os demais custos envolvidos;
A Vida dos Seres Humanos corre riscos tanto dos reflexos oriundos do desiquilíbrio da natureza quanto das ameaças dos seus pelo combate à ilegalidade.
“A tecnologia só é tecnologia para quem nasceu antes dela ter sido inventada.” (Alan Kay)
E o que está sendo feito, tecnologicamente falando, para que possamos, diante de nossa plena estupidez, dar uma “oportunidade” à natureza?
Selfies e fotos pessoais nas redes sociais superam às imagens de um por do sol, de um passarinho ou de uma árvore. Os dicionários perdem relevâncias de palavras como rosa, fruto, mato, legume, para dar espaço relevante para “banda larga”, e-mail, milhares de termos técnicos de uma área da ciência que está dominando tudo. Redes sem fio invadem nossos espaços ao mesmo tempo que declaramos que o acesso à internet é um direito humano. Mas… ainda nos perguntamos, o que a tecnologia pode fazer em favor da natureza, de sua sobrevivência? Será que um dia ela aceitará nosso pedido de perdão?
O filósofo científico Christopher Potter afirma, em seu livro How To Make a Human Being, Como fazer um ser humano, em tradução literal:
“O ser humano nunca fez parte da natureza. Sempre fizemos parte da tecnologia.” (Christopher Potter)
Todos os processos e meios de fabricação, no decorrer da sua linha de produção, estão sendo revistos no sentido de poderem racionalizar não só os custos mas também os insumos e ao mesmo tempo poder deslocar os resíduos de uma linha de produção como insumo em outra. Toda essa melhoria também reduz a contaminação ambiental.
Mas, ao contrário do que se imagina, a tecnologia humana anda de mãos dadas com a natureza, copiando inclusive a sua natural tecnologia.
Em biomimética, a criação de uma fita cirúrgica foi baseada nas estruturas das teias de aranha, ou ainda, uma tela eletrônica para livros foi baseada na maneira que as asas das borboletas cintilam sob a luz forte.
Obs: A etimologia do termo biomimética está relacionada diretamente com a conjugação dos termos gregos bios: vida; e mimesis: imitação, denominando um novo corpo de conhecimentos que encontra em alguma característica dos seres vivos seu modelo, seu mentor e ou uma fonte de inspiração.
“É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a ouve.” (Vistor Hugo)
Um aparelho que consegue monitorar os comportamentos de animais em seus habitats nos ajuda a entender como vivem e assim poder ajudar a preservá-los.
Sistemas on-line que ajudam a encontrar pessoas desaparecidas, em terremotos, em tsunamis, em guerras, a partir de doenças globais.
Há o conceito de cidades verdes, ideia que conta com arranha-céus transformados em lavouras verticais, tais como:
São Francisco, EUA: Gestão de Resíduos. Programa Desperdício Zero: instituiu pleno programa de sistema de reciclagem e compostagem, em que até 2020 todo o lixo será reciclado e reaproveitado.
Nova York, EUA: Após o furacão Sandy, criou um plano para aumentar sua resistência aos eventos climáticos severos. Iniciativas de proteção aos litorais e de seus sistemas vitais, como água, luz, transporte, telecomunicações, saúde e suprimentos alimentares. Tudo com a ajuda da tecnologia, claro.
Bogotá, Colombia: Transporte Urbano. O transporte publico eficiente graças a BRTs, TransMilenio e seu programa mais novo de táxis elétricos, o E-táxis.
Munique, Alemanha: Energia Verde. O projeto consta da produção de eletricidade limpa suficiente em suas próprias usinas para atender às necessidades de todo o município. Mais de 80 por cento da eletricidade local é gerada por parques eólicos.
Melbourne, Austrália: Edifícios sustentáveis. Projeto que estimula proprietários e gestores de edifícios a reduzir a geração de lixo enviado aos aterros e a aumentar a eficiência no consumo de energia e de água.
Singapura: Transporte Inteligente. Possui um eficiente sistema de transporte coletivo, controlando a demanda tanto pra ônibus quanto pra metrô, sistema de monitoramento que alerta os motoristas para os acidentes de trânsito e um sistema de GPS, instalado em táxis da cidade, que monitora e informa sobre as condições de tráfego.
Cidade do México, México: Programa de qualidade do ar. Projeto Proar conta com sistema BRT, metrô e o programa de compartilhamento de bicicletas Ecobici.
Copenhague, Dinamarca: Rumo ao carbono neutro. O plano conta com projetos que acomodam consumo de energia, produção de energia, mobilidade e administração da cidade. Considerada um paraíso aos aficionados pelo ciclismo, um projeto amparado pelo governo, empresas, instituições de conhecimento e cidadãos.
Rio de Janeiro, Brasil: Comunidade sustentável. Verdadeira revolução no conceito de integração social, o Morar Carioca é o maior programa de urbanização de favelas de todo o Brasil.
Tóquio, Japão: Sistema cap-and-trade. Através de medidas de eficiência energética ou participação no esquema de comércio de emissões. Com este projeto 7 milhões de toneladas de CO2 deixaram de ser emitidos na atmosfera.
É isso ai, como essas devem existir centenas de milhares de iniciativas que desconhecemos e que unem tecnologia à natureza através de um elo vital: o homem… Façamos então pelo menos um pouco, façamos algo, por mais insignificante que possa nos parecer, mas não nos omitamos diante de tão grande gesto.
“A maior invenção do mundo não é a minha tecnologia! É a morte! pois através dela, o velho sempre dará lugar para o novo!” (Steve Jobs)
Até a próxima…