“A criatividade é a inspiração da inovação”
– Evelyn Cordeiro –
O audiovisual cresce cada vez mais com o passar dos anos. A forma vai se adaptando ao conteúdo, por tanto, criar algo é diferente de acordo com o momento no qual estamos inseridos. Vamos ver como a criação de conteúdo se desenvolveu até o nosso contemporâneo.
O conteúdo
Antigamente, quem tinha grande poderio financeiro, conseguia concretizar produções e veicula-las para seus públicos. Essa pequena classe era formada pelas grandes produtoras, que eram detentoras dos projetos de grande repercussão.
No início do século passado, os meios para ter acesso a algum entretenimento audiovisual eram bem restritos, as pessoas basicamente iam às salas de cinema. No meio do século passado, com as tecnologias relacionadas à televisão doméstica, foram inseridos mais meios de aproveitamento. A população recebia programas da sala de casa.
A TV, vendo um mercado em potencial, importou o que de melhor o cinema, rádio e o teatro fabricaram, ideia, equipamentos, logística e dinâmica de produção. Passa a surgir dessa combinação os programas televisivos, onde cada show tinha horário específico para ser transmitido, tal fato era analisado de acordo com a movimentação do público, ou como é nomeado, a audiência.
Audiência é basicamente o conjunto de pessoas que acompanham determinado programa. Para calcular o público que está assistindo, temos o mecanismo chamado “Contador de pessoas”. A contagem se dá na seguinte forma, cada ponto do contador equivale a uma média de 200 mil pessoas, então quanto mais pontos de audiência, melhor colocado o show se encontra na programação televisiva.
Uma vez que os estúdios de TVs observam o desempenho de sua agenda, os quadros de apresentação se tornam fixos, e por anos vemos os mesmos programas sem alterações nas configurações, muda elenco, tecnologias, mas a ideia se encontra impetrada.
Após anos da criação da televisão, os recursos que antes eram extremamente inacessíveis às pessoas físicas comuns, se transformam gradualmente em algo alcançável. As maquinagens dos grandes produtores ainda não estão, pelo menos, em perfil concreto, fácil para a grande massa se apropriar, mas o pouco disponível torna factível a revolução que alterou o cenário audiovisual mundial.
A criação
Se antes poucos tinham equipamentos e conhecimentos acerca de tudo o que engloba uma produção audiovisual, na virada do século o jogo mudou, um novo milênio entrou e com ele, artifícios destravaram a entrada de novos criadores de conteúdo.
Assim como a TV se apropriou da estrutura presente no teatro e cinema, os novos criadores pegaram tudo de antes e mixaram. Nesses moldes, temos a edição e montagem, produção, continuidade de postagem para engajamento de público e distribuição.
Os criadores foram unidos em plataformas de conteúdos, a mais influente é o Youtube. Elas são responsáveis pelo reconhecimento de indivíduos que em outra época, talvez estariam impossibilitados de realizar seus trabalhos audiovisuais.
Em ambientes como a plataforma citada no parágrafo anterior, o engajamento é o coração das produções, porque assim como na TV, os programas ganham modelos específicos e têm seus públicos fidelizados. Sistemas como inscrição, likes, comentários e compartilhamentos servem como feedback de quem acompanha o show e ajudam o canal a crescer.
Essa revolução é interessante à medida que um criador de conteúdo pode sair de lugares além da elite. A realidade brasileira ainda não é a ideal para exemplificarmos isso, pois os impostos sobre os equipamentos e serviços de internet passam dos limites aceitáveis.
Quem cria tem grandes desafios, seja no audiovisual ou em outras áreas. Fazer a diferença para você e outras pessoas é o que inspira continuar seu trabalho e aprimorar as ideias. Produzir é existir!