Recentemente uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontou que, entre 2014 e 2019, jovens de 15 a 29 anos perderam 14% da renda proveniente do trabalho. Em outras palavras, o que a Fundação nos mostra são dados entristecedores de que os jovens estão perdendo a chance de ocuparem espaços no mercado de trabalho.
Socialmente falando, os jovens também ocupam posições de desigualdades sociais. A causa não foi revelada, mas, já sabemos o que está acontecendo no ensino educacional, afinal de contas, inúmeras são as notícias de que a educação atual não está preocupada com a formação de jovens no Brasil. Entristecedor.
Reformulando o parágrafo acima, em termos objetivos, a educação no Brasil passa por sérias crises políticas, haja vista a defasagem de políticas públicas que visam atender as minorias e classes menos favorecidas. O resultado ? Jovens desqualificados, inaptos para ocuparem posições no mercado de trabalho.
Lado outro, a precarização do trabalho levou jovens a seguirem caminhos alternativos, se é que existem alternativas para um problema em massa. Exemplo disso são os trabalhos informais, alguns freelances, dentre outros. Com isso, uma série de desfalques sociais ocorrem, como a evasão escolar, redução de salário, desproporcionalidade de renda, afinal de contas, em percentuais obtidos através da FGV, 30% dos jovens brasileiros acreditam que não têm perspectiva de ascender socialmente para o trabalho.
Consequentemente, o Brasil ocupa o 103º lugar no ranking de 130 países em termos de oportunidades de trabalho para jovens. Estrondoso imaginar que nosso governo não se preocupa em estabelecer uma reforma política, social e educacional, no sentido de estabelecer diretrizes para melhorar a vida de jovens que, sequer tem alternativas, ou trabalha ou estuda, pois é necessário trazer mais uma fonte de renda para dentro de casa.
Diante das vastas noticias que circulam nas redes sociais, é possível imaginar que, em se tratando de senso comum, muitos jovens acreditam de tratar da crise econômica. Errados eles não estão. O que se busca afinal de contas, é estabelecer ao menos uma parcela de oportunidades para que os jovens tenham a oportunidade de mostrarem seus talentos e aptidões profissionais. Como fazer isso ? Criando oportunidades. Como se cria oportunidades em um país desigual como o Brasil ? Eis a questão.
Certamente, acredito que a educação seja a única saída. Formar jovens pensadores em uma sociedade como a nossa é um desafio, mas é recompensador. Não se pode conformar com esse sistema fechado, de políticas enxutas que, por meio de um egoísmo político, seleciona grupos sociais em detrimento de outros. NÃO há chance alguma de aceitar um governo nada democrático como este, em que jovens se lamentam de tanto entregar currículos e sequer são chamados para uma entrevista. É um problema que desencadeia outros. Não se pode colocar a culpa em apenas um determinado fato, como muitas pessoas pensam que é a educação.
De fato, a educação é a mola propulsora para que jovens ocupem posições no mercado. Mas, quando se trata de um viés político e econômico, novas diretrizes sociais precisam ser formuladas em prol de uma sociedade comum e de oportunidades.