Contra fatos históricos, não há argumento, ou há?
É um fato histórico, sobretudo no Brasil, que os pobres são os menos assistidos pelo governo. Por esta razão, eles se empenham em organizarem-se de uma forma que possam se ajudar. Se você fizer uma rápida pesquisa no seu browser (Google, Bing, etc.), verá que a população pobre é a que mais paga imposto no Brasil. Indignado? E se você souber que, de acordo com a OXFAM, mulheres negras e pobres pagam mais impostos ainda?
A Época Negócios, a Folha de São Paulo, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal, e diversos outros sites confirmam isso.
Generosidade e altruísmo vem de berço ou da necessidade?
Se fizer outra pesquisa, verá também que a população pobre é mais altruísta e generosa que a rica, como demonstra a Revista Superinteressante, e a Revista Galileu com uma pesquisa. Nem entrarei aqui na questão da religiosidade, pois, poderia alterar tais parâmetros.
Tampouco pense em uma generalização exacerbada, obviamente há ricos generosos e pobres gananciosos, da mesma forma que existem mais cristãos que acreditam em Satã do que próprios satanistas – sim, isso é possível, como demonstrado em um depoimento de Benedict Atkins para a BBC NEWS BRASIL, pela Revista Superinteressante, e por um artigo da Revista de Estudos da Religião que aborda o preconceito tratado pela religião satanista. Logo, meu objetivo aqui não é tratar sobre a antiga anedota filosófica Bem Vs Mal, ou Certo e Errado sobre a perspectiva da moral religiosa, apenas.
Através deste humilde artigo venho, não só denunciar, mas também esclarecer questões que abarcam a ética em nossas discussões no dia a dia. Que fique claro: eu escrevo, você lê e tira suas conclusões, okay?
Generosidade e altruísmo vem de berço ou da necessidade?
Se fizer outra pesquisa, verá também que a população pobre é mais altruísta e generosa que a rica, como demonstra a Revista Superinteressante, e a Revista Galileu com uma pesquisa. Nem entrarei aqui na questão da religiosidade, pois, poderia alterar tais parâmetros.
Tampouco pense em uma generalização exacerbada, obviamente há ricos generosos e pobres gananciosos, da mesma forma que existem mais cristãos que acreditam em Satã do que próprios satanistas – sim, isso é possível, como demonstrado em um depoimento de Benedict Atkins para a BBC NEWS BRASIL, pela Revista Superinteressante, e por um artigo da Revista de Estudos da Religião que aborda o preconceito tratado pela religião satanista. Logo, meu objetivo aqui não é tratar sobre a antiga anedota filosófica Bem Vs Mal, ou Certo e Errado sobre a perspectiva da moral religiosa, apenas.
Através deste humilde artigo venho, não só denunciar, mas também esclarecer questões que abarcam a ética em nossas discussões no dia a dia. Que fique claro: eu escrevo, você lê e tira suas conclusões, okay?
Com o controle, vem o poder – e vice-versa
Você já deve ter ouvido a Alegoria da Caverna de Platão em algum lugar, do contrário leia. É muito importante que a entenda bem.
Se as pessoas, nos dias de grandes mídias, não buscarem outras notícias, em outras fontes, com pessoas que pensam de outras formas, o conhecimento dar-se-á de forma bastante limitada.
Com o conhecimento limitado, dá-se massas que seguirão qualquer um que apresentar-lhes ideias que se assemelham com as suas, como temos visto ultimamente.
Se não temos ensino básico, o superior serve para quê?
Essa é bem fácil, não é mesmo? De nada serve.
Como indaga Marco Antônio Rodrigues Dias em seu brilhante artigo intitulado “Comercialização no ensino superior: é possível manter a ideia de bem público?”, eu inquiro-lhe: é possível?
O quão público é o Ensino Superior brasileiro?
Indo mais a fundo, é possível tornar público uma educação que, além de ser respaldada em uma necessidade ao qual o governo não pode auxiliar, arcar, tampouco custear, como é/seria público? Como é discutido no artigo “Comercialização do Ensino Superior no Brasil: educação como bem público a ser tutelado pelo estado”, de Viviane Patrícia Marques Carvalho.
Você pode até dizer que o governo auxilia com programas de financiamento; arca pagando metade das bolsas e gerenciando universidades federais e estaduais, custeando-nas. Mas isso é algo fútil de se colocar, observando que, muitos não são contemplados com nenhuma das alternativas.
Diferentemente do que ocorre no Brasil, nas universidades argentinas não não há provas de entrada, nem mensalidades. Digo-lhe, portanto, que isso sim é um bem-público.
Endividamento parcelado ou à vista?
Se você já cometeu o pecado de entrar em uma faculdade privada, sem financiamento, principalmente ganhando pouco, sabe o quão árduo é pagar as mensalidades das faculdades, com preços que só aumentam, e que em muitos casos, a qualidade só diminui.
Sem contar os erros constantes de duplicidade de boleto, juros exorbitantes, ineficácia ou demora nos atendimentos, inexatidão das informações ou confusão no recebimento das mesmas, taxas que você nem sabia que havia e, no último dos casos, não conseguir ter acesso ao contrato de prestação de serviços educacionais ou este vir errado.
Se escolheu o nosso ensino pela qualidade, se enganou…
De acordo com o Ranking Universitário Folha, as 17 primeiras melhores universidades são públicas na categoria geral. Já em qualidade de ensino as 22 primeiras são públicas. Talvez seja por isso que as minhas experiências com faculdades privadas não são nada boas – aproveita e comenta aí as suas experiências.
Não faltam reclamações contra diversas faculdades privadas e obviamente as públicas não são perfeitas, todas têm seus defeitos. Mas minha intenção aqui não é levantar tal discussão.
Existe um artigo muito interessante, aqui da Tecnoveste, publicado pelo Douglas Leonardo Pereira, que aborda tais discussões – acesse clicando aqui.
Pesquisa acerca das instituições de Ensino Superior
Com o intuito de descobrir mais sobre o que as pessoas achavam sobre o tema, fiz uma pequena pesquisa, pedindo que as pessoas respondessem um formulário.
O formulário abordava questões simples, como a qualidade de ensino, experiência de professores, ensino à distância, se a instituição era pública ou privada, se a instituição prioriza o aprendizado.
Abordando também a eficiência na resolução de problemas, se estas priorizam o reforço de alunos sem base estruturada ao ingressarem na instituição e pedimos que eles pudessem contar um experiência boa/positiva e uma experiência ruim/negativa na respectiva instituição.
Em um tópico opcional, pedimos também que os alunos que estudam(ram) em instituições privadas dissessem, mesmo que aproximadamente, qual o valor pago durante o curso.
É impressionante ressaltar o que uma das entrevistadas alega: “aproximadamente uns 74 salários mínimos fora despesas com material e alimentação. Isso é só mensalidade e matrícula”.
Preços exorbitantes por um direito público
Claro que os preços variam, mensalidades aumentam. Pensando hoje, com o salário mínimo para 2020 em R$1.045,00, o preço total pago estaria por volta de R$77.330,00. Você está pronto para pagar parcelas a preço de um carro novo 0Km?
Outro aluno ainda informa que o preço das mensalidades cresciam quase que exponencialmente. “Eu comecei pagando R$49,00 na matrícula já contando como primeira parcela. Depois de um tempo, quando analisei a descrição dos boletos, descobri que eu tinha feito um parcelamento da primeira mensalidade, então como a atendente me informou por telefone, eu estava pagando sim a 1ª parcela da mensalidade, sendo que não foi o que eu havia acordado quando havia entrado em contato para saber sobre o curso e não me deram acesso ao contrato depois que eu havia enviado, já que era EAD e eu fiz tudo pela internet. Fiquei muito puto (sic), mas continuei pagando por mais 2 meses cerca de R$133,00 por uma mensalidade que estaria para ser inicialmente sem alterações com o valor de R$100,00. Depois de muita luta nos estudos e na confusão dos boletos, decidi cancelar a matrícula, aí tive que pagar um boleto de quase R$1500,00 para terminar meu vínculo com a instituição.”
Sites que auxiliam os consumidores e alunos
Para os desinformados, existem no Brasil diversos sites com o intuito de auxiliar o consumidor na resolução de problemas. Tanto o do Governo Federal, Consumidor. gov.br, como o Reclame Aqui, ajudam e muito. No site do RA, existe até rankings para saber as empresas mais reclamadas, que mais respondem, com menor taxa de atendimento, e muito mais.
Resultados da Pesquisa
De acordo com os participantes, 220 pessoas, 40% qualificaram, de 1 a 5 (1/péssimo, 2/ruim, 3/regular, 4/bom, 5/ótimo), regular a eficácia na resolução de problemas e a qualidade, ótimo a experiência dos professores e ruim a qualidade do ensino EaD de suas instituições. Essas 88 pessoas (40%), foram os estudantes de instituições privadas. A qualidade do ensino EaD em instituições públicas caiu na pontuação, diferentemente dos outros pontos. Os outros 60% pertencentes às instituições públicas qualificaram ser bom a eficácia na resolução de problemas, ótimo na qualidade e na experiência de professores, e péssima a qualidade do EaD.
Por Pedro Rosemberg