A Sony Pictures Animation chegou forte no ramo das animações, tendo o seu ápice em “Homem-Aranha no Aranhaverso”, lançado em 2018. Em 2021, a produtora foi responsável pela realização do longa de animação “A família Mitchell e a revolta das máquinas” e fechou um contrato para exibição no catálogo da Netflix.
Um pouco da história do filme
Katie Mitchell (Abbi Jacobson) é a filha mais velha de uma família nada convencional. Ela vive tendo discussões com seu pai, Rick Mitchell (Danny McBride), acerca da aprovação entre pai e filha.
Katie é aprovada na faculdade de cinema que mais queria, então faz todos os preparativos para viajar até a mesma, incluindo a compra da passagem de avião. Rick, vendo a necessidade de melhorar sua relação com a filha, cancela a viagem de avião da Katie e a convence ir de carro com toda a família até a faculdade.
No caminho eles se deparam com robôs que criaram consciência vingativa contra a humanidade. Katie, Rick e o restante da família são forçados a se unir e combater a revolta.
A estrutura do filme
Trabalhando em cima do Design de sucesso utilizado em “Homem-Aranha no Aranhaverso”, “A família Mitchell e a revolta das máquinas” investe no 3D com um tom pasteurizado. Os personagens são muito expressivos e caracterizados, os cenários são vivos em cores. A trilha sonora tem na base as batidas eletrônicas. O Roteiro segue a Narrativa Clássica, focando na linearidade dos acontecimentos.
Discursos do filme
Mantendo coesão do início ao fim, o filme consegue abordar temáticas variadas da forma mais direta possível. Conseguimos sentir os conflitos entre Katie e Rick, assim criando intimidade com a história.
A Pandemia do Coronavírus se tornou grande ameaça e trouxe mudanças no estilo de vida aos grupos familiares. A vida digital se intensificou, e se antes as pessoas já usam aparelhos digitais para internet e afins, agora viramos praticamente reféns da internet para executarmos as necessidades da vida pessoal e profissional. Então, “A família Mitchell e a revolta das máquinas” retrata a relação que estabelecemos com as tecnologias nos últimos tempos.
Não podemos deixar de comentar que a Pandemia tirou entes de muitas famílias e nos deixou bem preocupados com pessoas próximas. O filme não cita a Pandemia diretamente, mas coloca como assunto secundário, valorizando a importância de quem está sempre ao nosso lado, mesmo que enfrentando suas lutas pessoais.
Vale a pena assistir?
É uma animação emocionante e carismática, portando alto teor de qualidade que vai desde o Roteiro até o visual na tela. Está lotado de referências à Cultura Pop (Principalmente dos anos 80) e com certeza é um filme feito para assistir com a família toda. Vale muito a pena!