A primeira trilogia do Homem aranha nos cinemas e a responsabilidade da juventude

“Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades”

– Tio Ben – 

Sendo a primeira adaptação do herói para as grandes salas de cinema, Homem aranha (2002) iniciou uma trilogia que marcou a vida de muitas pessoas e serviu de modelo para a produção de outras franquias com foco heroico. Dentro de sua influência, iremos falar sobre as responsabilidades no meio jovem.

Peter Parker

Como boa parte dos heróis, o Homem Aranha tem sua vida humana e nessa mesma ele é denominado, Peter Parker. Um garoto que perdeu os pais muito cedo e criado por seus tios. Sofre bullying na escola, gosta dos estudos e é apaixonado por sua colega e vizinha Mary Jane, que inicialmente não o nota como possível colóquio amoroso.

Com o parágrafo acima podemos ver questões que presenciamos em nossas vidas, cada um em sua individualidade, é claro!

O roteiro nos traz um Peter que apresenta inseguranças, segue uma vida padrão de aceitar as coisas e tentar se adaptar ao meio, mesmo que sua busca se torne complexa devido aos empecilhos externos. 

Apesar de seu lançamento em 2002, o filme é atual para questões relacionadas ao modo como estamos reagindo às evoluções em sociedade. Nosso protagonista tem acesso à meios e métodos de informação e parece dedicado a absorvê-los. Nos longas é mostrado seu extenso interesse na ciência, desenhos e fotografia, áreas um tanto quanto diferentes, mas que se complementam em algum estágio de relacionamento. 

Ele acaba se tornando um entusiasta e pesquisador do que lhe atrai. Quando falamos do porque essa questão é atual, se configura no sentido de que hoje temos inúmeras formas de captar conhecimentos e reverter em objetivos concretos. As pessoas jovens, dentre suas responsabilidades, se valem dessas formas para resolver situações  

O acesso cria a oportunidade e a pessoa monta sua “rede” de seleção, assim criando um vínculo com a experiência de aprendizagem, chegando ao centro do nosso texto, a  responsabilidade na juventude!

Alter Ego

No meio de sua vida, até então normal para um adolescente, Peter é picado por uma aranha radioativa, que o leva a ter seus sentidos incrivelmente aguçados. Agora ele cruza a linha de uma vida simples para viver o que seu tio lhe deixou como legado “Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades.”.

A cada geração passada, os jovens vem amadurecendo cada vez mais cedo, tanto no campo biológico, como no pensante, assim visto no texto publicado pela Gazeta Digital. A juventude, para o bem ou para o mal, é o futuro do mundo. Isso gera um peso enorme para quem passa por essa fase.

No filme, a primeira atitude que o Peter toma quando adquire os poderes, é buscar impressionar a garota dos seus sonhos, Mary Jane. A pressão social que ele enfrentou desde sua infância poderia ter nova forma agora, mas o sentimento de culpa pela morte do seu tio faz ele questionar se é correto, com todo o seu poder, colocar suas vontades à frente de um bem geral. 

Sua força, agilidade e inteligência passam a ser componentes cruciais para combater os crimes de sua cidade durante os três longas-metragens. Parker é jovem e o fator de querer aprender, mesmo pelo caminho difícil o faz um bom herói. No primeiro filme ele aprende que ganhar poderes sempre vem acompanhado de responsabilidades, no segundo vemos que conciliar as responsabilidades demanda traquejo e no terceiro observamos que nossas escolhas fazem a diferença.

O homem aranha é um herói em formação, sempre aprendendo a força que as responsabilidades têm. A mensagem de seus filmes é bem didática e traz uma linguagem compreensível à construção da identidade jovem. Amadurecer e entender seu lugar no mundo não é tarefa fácil, mas saber trabalhar seu potencial e como usá-lo, vai do caminho de cada um.