O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, recentemente decidiu aumentar, novamente, a taxa SELIC, passando-a de 9,25% a.a para 10,75% a.a, representando o oitavo aumento consecutivo da taxa, fazendo com que o Brasil ocupe o país com maior taxa de juros reais e o terceiro maior país em juros nominais, mas afinal de contas, qual é o impacto disso no seu bolso?
A taxa Selic é o principal recurso que o Banco Central tem para exercer controle na inflação do país, que já acumulou uma alta de 10,16% em 2021, segundo o INPC, e 10,06% segundo o IPCA. Esse valor foi de quase o dobro do teto estabelecido pelo BC, que almejava uma inflação de no máximo 5,25% no ano passado.
Fatores externos como a alta do dólar influenciou esse aumento, além dos combustíveis e da energia elétrica, ocasionando um aumento dos preços, o que elevou os preços de produção, importação e frete do país.
A principal justificativa da medida, sobretudo, é para manter a inflação sob controle. De acordo com os principais Analistas Financeiros, estima-se que para 2022, a meta é de uma inflação de 3,5%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual. Ou seja, uma base 2% e um teto de 5%.
A SELIC é a taxa básica de juros da economia nacional e portanto é a responsável por influenciar todas as demais taxas que existem no mercado, incluindo as aplicadas em empréstimos e financiamentos. Portanto, quanto maior for a taxa SELIC, maior serão os juros cobrados nessas ocasiões.
Nesse sentido, os financiamentos imobiliários, bancários, empréstimos, dentre outros, tendem a elevar os juros, impactando o bolso de milhares de brasileiros. A aquisição de bens de consumo, por outro lado, diminuirá, pois a tomada de recursos para investimentos no caso das empresas e para o sustento das famílias será menor, no caso.
Isso afeta também a retomada de investimentos produtivos, em um momento em que o Brasil ainda tenta retomar os patamares anteriores à crise causada pela COVID-19. Nesse sentido, espera-se que a dívida pública do Brasil fique mais cara, em dólares – principalmente no ano pós eleições, em 2023.
Resumindo, quando a inflação é alta demais (cenário atual), o Banco Central eleva a SELIC para elevar o juros de crédito e assim, manter a economia estável, controlando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Apesar dos juros altos, a boa notícia é que a alta da SELIC pode favorecer muito os seus investimentos em Renda Fixa.
A taxa SELIC é referência para diversas outras, inclusive nos investimentos que se ‘aproveitam’ da sua alta para se valorizarem, como Títulos Pós-Fixados públicos, como LTFs, também chamado Tesouro Selic ou títulos privados como LCI, LCA, LC, CDB, CRI, CRA e Debêntures.
Esses tipos de investimentos, também considerados conservadores são uma ótima oportunidade para o cenário atual, pois é uma ótima oportunidade para fazer seu dinheiro render mais, superando a inflação.
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