INTRODUÇÃO
“A educação é ‘decadente’. “Estamos educando pela ‘balbúrdia”’. “Há ‘bagunça’ em nossas escolas, faculdades e no próprio processo de ensino”. Termos como esse são vistos todos os dias atualmente, não é mesmo? Arrisco dizer que, talvez, possa haver, sim.
Como quaisquer processos humanos, qual a razão de duvidar que há em nosso sistema educacional?
Essas perguntas são interessantes, fazem parte do que iremos tratar, mas não serão, propriamente respondidas aqui.
A arte contemporânea tem seu impacto na educação, assim como qualquer outra disciplina poderia ter – ou será que não?
Essa sim será discutida neste texto, bem como esta, ao se aliar à razão crítica, pode-se elevar a pessoa ao status de indivíduo-pensante.
O QUE SERIA INDIVIDUO-PENSANTE?
A educação formadora deve-se voltar para tornar o aluno autônomo, tanto em termos técnicos ⏤ o indivíduo como conhecedor de determinados conhecimentos e detentor de certas habilidades ⏤, quanto membro de um corpo social estruturado para que ele possa, através da educação, tornar-se dono si.
Claramente, o fato de que temos determinadas leis e legislações que regem como somos vistos e como nos vemos, influenciam a autonomia estabelecida na mesma, englobando, além disso, direitos e deveres que temos.
Portanto, a escola teria de saber construir os fundamentos necessários para que o indivíduo pensasse por si só, sem a necessidade de aval alheio ou entraves interpessoais.
QUAL A RESPONSABILIDADE DA ARTE SOBRE O INDIVÍDUO-PENSANTE?
A arte, tem como princípio basilar, a análise de elementos fundamentais para a resolução de conflitos internos, e que, muitas vezes, está intrínseca no ser humano, ou ainda, dentro dele.
Precisa-se, portanto, criar uma empatia com a análise crítica ao visualizar questões técnicas e teóricas nas artes, uma vez que esta funciona como ferramenta e fator decisivo para a criação de uma genialidade ou personalidade artística.
Se deve, portanto, enfatizar, de modo parcialmente categórico, que o fator decisivo para a escolha do viés artístico, ou sua negativa, está, não somente na qualidade da obra, mas também nos aspectos subjetivos que contemplam-na, atribuindo a esta, fator de grande estima ao visualizar a capacidade artística do autor e, em contraponto, o valor social, estético, humano e cultural.
O fator humano deve ser ainda mais observado, já que este desempenha o papel de analisar o que a determinada arte contempla ou agrega para os seres humanos ⏤ no coletivo, sociedade e cultura ⏤, quanto para o indivíduo, antropologicamente analisado, quanto psicologicamente.
Por fim, observa-se o fator temporal da arte, na qual podemos observar as alterações que ocorrem nas instituições sociais.
Com o passar do tempo, evolui-se o pensamento, alterando-a de forma a alterar como pensamos a arte e o que é arte, à medida que novas formas de mensuração aparecem.
TEMPORALIDADE DO INDIVÍDUO
A educação pode ser relativa a uma evolução qualitativa dos processos racionais do homem, fazendo com que, à medida que temos novas pesquisas, formas de pensar e raciocinar, alteramos, também, os gostos, tendências e formas.
Na arte e estudos artísticos, percebe-se, além das questões humanas e cronológicas, uma tendência expressiva em mitigar novas expressões, socialmente classificadas como inferiores e, assim, tornam-se diminutas aos olhos da academia e dos estudiosos da área.
Observa-se, porém, tais similaridades no campo educacional, que se resguarda de potenciais impactos, que tornam obsoletas certas formas de pensar ou, em conjunto, tornam-se excluídas de alterações expressivas.
O indivíduo é, em suma, um ser que, ao pensar, exclui evoluções significativas por receio do que elas poderão trazer e, em paralelo, excluem-se a possibilidade de evolução pessoal.
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