Os primeiros coronavírus
O Coronavírus foi identificado pela primeira vez em 1937, mas foi em 1965, que foi visualizado pela primeira vez. June Almeida (1930-2007) foi a autora do estudo e o nome de coronavírus foi dado, em função das proteínas espetadas que pareciam formar uma coroa (corona significa coroa). Até o fim do século XX, eram vírus que não chamavam a atenção da população e dos especialistas. Em 2002, tivemos o primeiro susto com esse vírus: a SARS, na China. A sigla da doença significa síndrome respiratória aguda severa. O segundo surto ocorreu 10 anos depois no Oriente Médio. A doença de 2012 foi chamada de MERS (síndrome respiratória do Oriente Médio – Middle East). Em ambas ocasiões, o número de mortes e de casos foram relativamente pequenos, se comparados com o desastre atual (embora no caso da MERS, a mortalidade tenha sido considerada muito alta). Nada que pudesse ser comparado com o que está acontecendo agora.
O novo coronavírus e suas variantes
O vírus atual é chamado de novo coronavírus. Ele é o SARS-Cov-2. O dois refere-se ao fato de ser um novo tipo, diferente daquele dos surtos anteriores, embora pertencente à mesma família. Além do tipo (ou espécie), o que nos preocupa agora, são as suas variantes. As variantes surgem espontaneamente por mutações genéticas no vírus. As variantes podem ser comportar de maneiras diferentes chamando a atenção para três questões: transmissibilidade, gravidade e evasividade imunológica.
A transmissibilidade corresponde ao poder de alastramento do vírus. Quanto maior, mais rápido se espalha. A gravidade diz respeito ao quadro clínico nos doentes e a consequente taxa de mortalidade provocada pelo vírus. A evasividade imunológica refere-se à característica do vírus em “enganar” o sistema imunológico. Essa capacidade pode estar associada com a reinfecção. As variantes estão sendo chamadas, por orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) pelas letras gregas em ordem alfabética sendo a primeira chamada Alpha e assim por diante. Abaixo, apresentamos as quatro variantes mais preocupantes em virtude das suas características. Na tabela abaixo, quanto mais “cruzinhas”, mais intensa é a característica avaliada.
Qual variante é a pior?
Independente da variante, o novo coronavírus vem provocando uma grande onda de mortes. Em outras palavras, todas as variantes são muito perigosas! Não esqueçamos que o Brasil é o segundo país com maior número de mortes no mundo e terceiro, em número de casos. Sempre que quiserem ver os dados atualizados acesse: https://coronavirus.jhu.edu/map. html . Qualquer variante é potencialmente letal! Entretanto, quando comparadas, pode-se perceber que duas delas chamam a atenção: as variantes do Reino Unido e da Índia.
A variante Alpha (Reino Unido) é a que apresenta maior evasividade imunológica, além de ser altamente transmissível. Mas, com o auxílio da tabela e dos estudos recentes sobre a gravidade das variantes, a última variante tem tudo para se tornar a de maior temor. Observe pela tabela, que a variante Delta (Índia) é a mais transmissível de todas até aqui, ou seja, com maior capacidade de gerar novos casos. Além disso, os chineses acabam de revelar que estão preocupados com ela porque seus médicos estão alertando para a presença de sintomas diferentes e mais perigosos nos pacientes com diagnóstico dessa variante.
Mas, retornando para a tabela, tem-se o mesmo motivo para acreditar na contenção da doença, apesar do surgimento das novas variantes. Felizmente, as vacinas disponíveis são todas eficazes contra elas: isso é o mais importante neste momento!
Moral da história? Vacinemos! Rapidamente!