A Lei 11.1267/2005 assegura “à pessoa portadora de deficiência visual usuária de cão-guia o direito de ingressar e permanecer com o animal nos veículos e nos estabelecimentos públicos e privados de uso coletivo” e define que qualquer tentativa voltada a impedir ou dificultar o gozo do direito constitui ato de discriminação, sujeito às sanções legais tanto em esfera penal quanto em esfera civil.
Um cão-guia é um assistente pessoal utilizado por aqueles que, devido à uma condição adquirida ou congênita, têm alguma necessidade de auxílio para enxergar. É um animal que passa por vários meses de treinamento para que seja adestrado para guiar e entender as rotas que a pessoa precisa seguir, além de ser capaz de identificar perigos e obstáculos que eventualmente possam ocorrer.
O preço desse treinamento, contudo, torna a aquisição de um cão-guia proibitiva para a maior parte da população, sem falar na diminuta quantidade de centros de treinamento existentes no Brasil. Ademais, fora do ambiente externo, além de companhia, pouco pode o cãozinho oferecer para o seu mestre. O que fazer para prover independência e aumento de produtividade à pessoa que não tem as faculdades visuais satisfatoriamente desenvolvidas.
Foi pensando nisso que o grupo hacker Robocat lançou um novo aplicativo mobile Open Source – ver post sobre o assunto – que pretende auxiliar, me tempo real, pessoas que precisam de ajuda para enxergar. Eu sugeriria que caso haja a possibilidade, no futuro, ele integre a aplicação ao Moto Hint, juntando independência e estilo para uma solução inteligente.
Inicialmente disponível apenas para iOS para a ONG/Startup dinamarquesa homônima, o Be My Eyes é simples, prático e muito relevante, porque permite que a pessoa que precisa de ajuda aponte a câmera do smartphone para onde precisa “ver” e uma pessoa conectada com o usuário poderá descrever com sua voz o que ela está vendo.
Atualmente há 700 pessoas cadastradas para atuar remotamente na área do suporte, mas com a expansão do projeto será possível que, como o público-alvo é menor do que a população potencialmente vai se propor a ajudar, não será difícil visualizar em um futuro próximo que todos que precisarem do app para exercer suas atividades cotidianas tenham assistência 24/7.
Não deixemos que por morra esse projeto por não ter fins lucrativos e, consequentemente, não ter seu desenvolvimento financeiro como prioridade. Divulgue a ideia para os seus amigos e fique de olho 😉 nas próximas atualizações!
Conheça e ajude o Projeto Cão-Guia de Brasília.
Um Comentário
Marcela
Legal.
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