Vencedor do TechCrunch Disrupt NY 2016, um dos mais consagrados prêmios de startups, o Beam é uma plataforma de de e-sports – ver post sobre o assunto – que oferece serviço de mensagens para transmissão ao vivo de jogo. Lançado em meados de março de 2016, em maio o serviço atingiu 100 mil usuários, que ficam conectados em média por 3 horas seguidas.
A profissionalização dos jogadores de video-game e a crescente número de gameplays no Youtube e Twitch são apenas indicativos de uma tendência de crescimento dos jogos eletrônicos como esporte, tanto do ponto de vista comercial quanto do ponto de vista laboral. O grande diferencial do Beam para os seus concorrentes é a capacidade de permitir que a grande de quantidade de comentários enviados ao longo de transmissões ao vivo de jogos tenham relevância durante o jogo, sendo apresentados de forma intuitiva e clara, sem inundar a tela do jogador.
A ideia do Beam de investir em interatividade ao vivo é uma demanda dos gamers profissionais, que criam “long tail” com conteúdo publicado ao longo dos anos, mas também precisam da motivação em tempo real para fazerem seu negócio crescer. Ao assistir a um gameplay, o que o público quer não é apenas ver como funcionam a mecânica e os gráficos do jogo, mas usufruir da presença e da personalidade do jogador. Com as ferramentas sociais do Beam isso se torna mais fácil e inteligente.
Ademais, a plataforma permite a audiência interferir no jogo que estão assistindo através de ferramentas de crowdsource, em que o público toma ações que interferem diretamente no jogo. O público deixa de ser expectador e passa a fazer um RPG (role playing game) da vida real, direcionando e comentando tudo o que acontece na tela.
É gigantesca as comunidades criada em torno de World of Warcraft, AION, Wildstar, TERA, Black Desert, Vindictus, Swordsman Online, ArcheAge, The Elder Scrolls Online, Archlord 2, Perfect World International, Forsaken World , Guild Wars 2. Deveria ser do mesmo tamanho a eficiência dos serviços que atendem essa comunidade, mas a maior plataforma de gameplayin da atualidade, o Twitch, falhou inúmeras vezes em servir esse público.
A ideia do Beam é manter jogadores e público conectados não apenas através da tela do computador e do smartphone, mas também dos seus teclados. Entre os finalistas da premiação de 50 mil dólares que startup ganhou do TechCrunch estavam: Bark, serviço online de segurança e prevenção de acidentes com crianças; BitPagos, uma startup de crédito para países emergentes baseada em blockchain; Ritual, uma “fábrica de vitaminas” diárias; SeaDrone, um “drone” aquático de baixo custo; e WaterO, um sistema de filtros de baixíssimo custo.
Para você que é ligado em assistir jogos online ou que é gamer é uma boa ferramenta, para você que é desenvolvedor ou tem uma startup relacionada a esse mercado vale a pena acompanhar o que tem sido feito nessa área. A próxima chance se participar de uma competição similar à que o Beam venceu será no Startup Battlefield no TechCrunch Disrupt San Francisco.