Nunca houve tanta urgência em estar vivo. A CPI da Pandemia tem de provar que quanto mais se demora em buscar uma solução (até para ‘casos isolados’), mais se corre contra o tempo para sustar uma evolução epidemiológica. Com a instalação da CPI, o Brasil está prestes a inaugurar uma nova era, onde governistas devem aprender a ater-se não apenas à Constituição Federal, mas à imagem que o Brasil passa para o resto do mundo quando decide ir contra tudo o que o resto do mundo prega.
Passamos de um país de 3º mundo para algo ainda mais insignificante no que se refere à economia e sociedade civil. O motivo? Ego ferido.

Pode-se dizer que Bolsonaro nos ajudou a atingir o senso de urgência de nos sentirmos vivos, pois ‘descobrimos’: o negacionismo mata. Afinal, aqueles que têm verdadeiro apreço pela vida conseguem entender a linha tênue entre ‘viver a vida X desrespeitar uma sociedade inteira’, como faz Bolsonaro e os que ajudam a fortalecer o vírus.
O fato é que o tal negacionismo acobertou uma doença social do ser humano que até então só era vista por profissionais de saúde mental. Como podemos perceber, muitas pessoas não gostam da própria companhia e, por ignorar a si mesmos, buscam vida social intensa, no afã de se proteger da solidão da própria existência.
Seja por depressão ou por ansiedade, seres humanos buscam, a todo momento, aprovação daqueles que consideram importantes para manter um ‘status’. Sabendo disso, Bolsonaro, assim como muitos brasileiros, sofre ao buscar ‘massagem’ constante para acalentar um ego imenso.
O apoiador de Bolsonaro encontra no presidente um refúgio para ir contra tudo e todos, inclusive a ciência, a fim de preencher um espaço vazio da falta de conhecimento e autoaceitação.
É de bom tom que seja aceitável colocar a nação inteira em risco apenas porque ‘você’ não consegue ficar em casa
sem contato físico? Não, não é de bom tom.
É aceitável que ‘você’ não queira se proteger do coronavírus e da Covid-19 e decida colocar em risco quem tem a real necessidade de usar transportes públicos, por exemplo? Não.
Bolsonaro é vingativo, incompetente e cara de pau ao penalizar governadores que se esforçam para combater a pandemia
Voltando à política, o Brasil parece ter um clima mais habitável quando Bolsonaro fica desesperado. Isso porque a situação fica fora do alcance ‘controlável’ do presidente — pensar em certo possível candidato à presidência de 2022 parece preocupar tanto a cabeça de Jair que ele não tem tempo de ficar indo contra estudos, a ciência, o Papa e o resto do mundo. É triste ver que a única preocupação do presidente seja a faixa presidencial.
Infelizmente vivemos um momento em que a instabilidade emocional (sim! ele tem) de Jair Bolsonaro gera uma onda de estabilidade psíquica em muitos de nós brasileiros, incluindo governadores, senadores, deputados e até ministros.
Mesmo com a criação do Comitê contra a Covid, é evidente que não há planejamento para uma ação conjunta entre as esferas políticas. Bolsonaro é vingativo, incompetente e cara de pau ao penalizar governadores que se esforçam para combater a pandemia.
O presidente negacionista do Brasil não mostrou sinais vitais ativos na hora de comprar medicamentos e vacinas. Inclusive negou a compra de milhões delas cedidas pela Pfizer. O governo federal espera que governadores estaduais ajam para então, numa tentativa de manobra fajuta, tentar confiscar tudo usando o nome do Ministério da Saúde.
Após passar o último ano negando a gravidade da pandemia, Bolsonaro se apresenta como um ceifador que tenta esconder a foice. Viveremos para acompanhar os próximos capítulos da CPI da Covid? Bolsonaro deve tomar uma invertida após passar um ano negando a gravidade da pandemia?
Vamos esperar para ver!