1. Quando e porque você decidiu escolher a área artística como o seu espaço de atuação internacional?
Desde pequena, eu sempre admirei muito alguns artistas e ficava sonhando em viver as mesmas coisas que eles. Aos 11 anos eu comecei a fazer aulas de canto, percepção e teoria musical e a partir daí eu percebi que era algo que eu gostava muito e que também era uma maneira pela qual eu poderia me expressar, contar o que eu estava vivendo .
2. Como as experiências da sua infância e adolescência moldaram o seu gosto musical?
Depois eu comecei a compor e esse sentimento se intensificou. Portanto, acho que eu escolhi a área artística pois eu acredito que dentro dela eu encontro ferramentas que me permitem mostrar quem eu sou e também trazer algo de bom para o mundo.
3. O que você fez para se qualificar como cantora. Não é só sair cantando é?
No meu caso não foi. Eu sempre busquei um apoio técnico. Acredito que é importante estudar e evoluir sempre.
Comecei a fazer aula de canto aos 11 anos de idade com a professora Chris Dantas, que na época era da BSB Musical e depois dela eu passei por diversos outros professores. Faço aula até hoje.
Também descobri como o acompanhamento de uma fonoaudióloga pode contribuir para a saúde da voz. Pois, muitas vezes cultivamos hábitos que podem prejudicar nossa voz e também adquirimos “vícios” quando cantamos que também podem ser prejudiciais.
Outra coisa que fiz foi estudar bastante as cantoras que me inspiram. Observar a técnica que elas utilizam, o estilo que elas seguem e etc.
4. Entre você pensar uma música na sua cabeça e ouvi-la na rádio tem um grande processo. Quais foram os principais passos nessa caminhada?
Por ser o meu primeiro trabalho autoral, eu fui descobrindo esses passos pouco a pouco.
Antes de tudo, eu entendi que precisava estruturar minhas composições e fui ajudada pelo meu professor de canto da época, o Fernando Vaz.
O meu processo de composição é sempre muito espontâneo. Eu começo a cantarolar a melodia na minha cabeça e gravo no meu celular pra não esquecer. Depois vou aperfeiçoando e buscando palavras ou notas que se encaixem melhor dentro daquela composição.
Quando eu achei que estava com a estrutura das músicas prontas, eu procurei alguém que pudesse fazer a parte do arranjo e também produzi-las. Quando e…
5. Quem foram os profissionais que te auxiliaram para a composição e produção?
A primeira pessoa que me ajudou foi o Fernando Vaz. Como eu disse anteriormente, ele era meu professor de canto na época e além de ser coach vocal ele também ajudava os alunos com as composições deles.
Eu cheguei com a melodia e a letra e ele gravou as primeiras ideias de bases de piano para as músicas. Além disso ele também criou algumas outras partes para duas faixas, para fechar a estrutura delas.
Através do meu amigo e artista Alexandre Moreno, eu cheguei até o Rodrigo Rocha, que é um grande guitarrista e produtor de Brasília. O Rodrigo, com o auxílio do Alexandre, fez o arranjo e a produção de todas as músicas.
6. Quais foi a primeira música deste álbum e como ela foi concebida?
A primeira música do álbum se chama O Prato. Eu comecei a escrever essa música quando ainda morava na Nova Zelândia. Eu fui estudar inglês por um ano por lá e muitas coisas estavam mudando na minha vida. Quando eu voltei eu estava muito perdida, pois lá eu tinha um relacionamento, estava trabalhando e quando eu voltei eu não tinha mais nenhuma dessas coisas e também não sabia o que eu queria, então senti que eu e tudo ao meu redor tinha mudado e que eu não tinha nenhum controle sobre nada. O que me gerava muita angústia e vazio. E assim eu terminei de escrevê-la aqui no Brasil, em meio a esses sentimentos.
7. Todo álbum tem um estilo ou um tema, depois das várias horas de gravação pela qual você passou, ficou alguma canção de fora desta publicação porque tinha temática diversa? Qual é o nome dela?
Não teve nenhuma música que chegou a ser produzida mas não entrou no EP. Eu tinha algumas outras composições que estavam prontas mas que eu não achei que parecesse tanto com a mensagem das demais.
Uma delas se chamava Let me in. Ainda quero produzi-la um dia 🙂
8. Das músicas que foram lançadas é difícil escolher uma como favorita, mas você poderia dizer qual seria o cenário ideal para que as pessoas ouvissem cada uma delas (em casa, dirigindo, em um restaurante etc)?
O Prato é uma música mais densa. Eu acredito que se encaixe em um momento mais íntimo. Portanto, eu ouviria em casa, em um dia chuvoso.
Esperou por nós é bastante melancólica mas eu imagino que caiba bem em um ambiente aconchegante como uma cafeteria. Se ouvir tomando um capuccino, acho que fica bem interessante hahahahh
Velejando só fala sobre ansiedade e uma certa solidão. Pode se encaixar em um momento de reflexão ao ar livre, talvez em um local que seja perto da água e bastante arborizado.
Pensando nela, me lembrei de um dia que fiquei sentada …
9. Quais foram suas maiores inspirações para este álbum e quais estilos musicais te influenciaram para a produção dele?
Eu tenho muitos artistas que me inspiram e lembro que trouxe várias referências para
o Rodrigo.
Na época eu estava escutando muito uma cantora chamada Lianne La Havas e muitas coisas da nova mpb também. Trouxe ainda algumas referências da cena mais alternativa brasileira, como Céu e Tono.
Acho que o estilo que mais focamos foi o pop com um pouco de blues e de música alternativa.
10. O que as pessoas que vão te ouvir a partir desta entrevista podem esperar e como elas podem fazer para ter acesso às suas músicas?
Meu principal foco ao cantar e fazer música, é gerar uma conexão com quem está ouvindo. É tocar. Então, quem procurar minhas músicas pode esperar letras que falam de experiências e sentimentos que todos temos, expressadas por uma voz suave e arranjos pensados pra trazer á tona essas emoções.
As música estão em todas as plataformas digitais e também no Youtube.