No artigo sobre os serviços de Streaming, pontuamos a importância da tecnologia em parceria com cinema e TV. A evolução na forma de fazer filmes trouxe elementos inovadores que mudaram os métodos de incorporação da imagem, um deles foi o CGI, que iremos abordar agora.
O que é?
Sendo a sigla para Computer Graphic Imagery, o CGI, em síntese é o modo como são nomeadas as imagens feitas por computador, que comportam um conjunto programático formado por três dimensões, gerando os objetos que estamos acostumados a chamar de tridimensionais.
Além de filmes, é uma tecnologia que aparece em expressões de diversas áreas, como videogames, desenhos animados e situações que envolvem contato com o campo imagético.
O CGI surgiu com o compromisso de otimizar a produção e venda para grandes empresas, principalmente as que tinham como centro lucrativo a criação de veículos automobilísticos. A partir daí já se percebe uma pegada bem publicitária, que usa a vertente denominada CAD.
O CAD – Computer Aided Design (Desenho Assistido por Computador) surgiu na década de 1960 com o objetivo de ilustrar estruturas com possibilidades de variações infinitas. Este programa está presente em diversos softwares de design, que dependendo da profissão, mudam a nomenclatura para a utilização em fins específicos. O mais famoso deles, até então, é o AutoCAD, responsável pela viabilidade e versatilidade na criação de conteúdos ilustrativos com cálculos extremamente reais.
Como funciona nos filmes?
Com grande espírito evolutivo, o cinema aderiu à esta tecnologia advinda do computador. A primeira grande produção que entrou no circuito CAD foi Star Wars (1977) de George Lucas, utilizando efeitos nos sabres de luz e tiros nas armas de fogo.
As mecânicas que chamamos de efeitos especiais estão presentes no cinema, bem antes do desenvolvimento em CGI. Nas salas eram exibidos longas e curtas-metragem com feras gigantescas, viagens a lugares inexplorados e idealizações futuristas. Para criar a ambientação desejada, as produções se valiam da construção de maquetes e objetos compostos por diversos materiais, como massinha, por exemplo. Ainda tinha os atores que vestiam fantasias e andavam sobre cenários repletos de materiais leves, dentre eles, papelão e isopor. Os rolos de filmes também eram muito usados na inserção de efeitos em pós-produção, muitos gostavam de colori-los e fazer colagens.
Os anos passaram e o CAD foi se adaptando às necessidades. Os produtores viram a possibilidade de conciliar engenharia mecânica e computação. Esse foi um dos fatores que elevaram o status do cinema na década de 1980. Os filmes passaram a injetar grandes investimentos nas ciências dispostas, incorporando os robôs e adicionando efeitos de computador.
Hoje o audiovisual ganhou muitos caminhos e além de Filmmakers (realizadores que vivem exclusivamente de curtas, médias e longas-metragem cinematográficos), temos os Videomakers (mexem com conteúdos para além do cinema). Essa diversificação cria demandas personalizadas e elas necessitam de artifícios em larga escala, daí o aprimoramento de softwares de edição. Os mais famosos e talvez os mais democráticos são o pacote Adobe e o pacote Vegas.
O CGI se tornou um nicho fundamental na indústria cinematográfica e podemos analisar esse aspecto nos entretenimentos que são apresentados na contemporaneidade. Os espectadores se tornam mais exigentes à medida que a evolução surge. Se pegarmos um longa de alto investimento da década 1990 e compararmos com o que acompanhamos atualmente, haverão grandes diferenças gráficas. Os realizadores entendem essa evolução e boa parte do orçamento estabelecido vai para os efeitos especiais criados em computadores.
As novidades dessa tecnologia agregam ao fluxo de composição que cito no texto “O que faz um Diretor de Fotografia?”. As imagens sempre passam mensagens, e tudo o que estiver ao alcance para tornar sua ideia mais sólida é bem vindo! É loucura imaginar que um software pode fabricar realidades, mas é confortante saber que as tecnologias construídas para fins específicos, podem ser adaptadas ao processo de imersão nas telas.
Dicas para além!
Continuar a aprender e evoluir é o que fazemos de melhor! Por isso, estaremos deixando dicas de entretenimento para a sua degustação!
Livros que falam mais sobre programação e CAD.
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