Embora os Stories do Instagram tem popularizado a função, foi a introdução do vídeo vertical como padrão no Snapchat que mudou paradigmas no consumo desse tipo de mídia. Startups como Airtime – do Sean Parker – e muitas outras tentaram criar algo relevante o que concerne as chamadas de vídeo e a possibilidade de aproximar pessoas em localidades diferentes por meio do “compartilhamento ao vivo” (live sharing/watching) vídeos.
Na esteira da capacidade de retenção de atenção do TikTok e da popularidade de vídeos em que as pessoas reagem a outros vídeo, o próximo passo do Instagram é permitir que você “assista junto” com seus amigos os vídeos de interesse comum. Graças ao programador indiano e fundador do app Time Bound, Ananay Arora, esse recurso foi identificado no código fonte do Messenger do Facebook.
.@Facebook is testing watch party for @messenger! pic.twitter.com/30Hpuo9Ccp
— Ananay Arora (@ananayarora) November 14, 2018
No dia 7 de maro de 2019, foi identificado pela programadora singapuriana especialista em vulnerabilidades digitais Jane Manchun Wong que uma função similar foi adicionada ao sistema de mensagens do Instagram. Isso significa quem estiver participando com você em conversas na caixa de mensagens do Instagram ou do Facebook poderá assistir a um vídeo simultaneamente na mesma janela enquanto mantém as conversas e envio de arquivos.
Instagram is testing Co-Watching in Video Calls
It’s like Facebook’s Watch Party but for Instagram Direct
Tip @Techmeme pic.twitter.com/cRpRO61DXh
— Jane Manchun Wong (@wongmjane) March 7, 2019
Este recurso, que é uma evolução do Facebook Watch Party, foi chamado de “Watch Videos Together” e tem o objetivo de aumentar o engajamento com os vídeos e correr atrás do prejuízo que já foi causado pelo Youtube, Twitch e TikTok. O Facebook já confirmou que procedem as suspeitas levantadas por esses hackeres, mas afirmou que a funcionalidade ainda está em fase de testes internos (pré-beta).
Com a introdução dos vídeos flutuantes tanto no Facebook quando nas conversas do WhatsApp, não é dificil ver que há demanda para novas maneiras de consumir vídeo on-line e que a função pode, além de aumentar o engajamento dos usuários, criar novas possibilidades de captação de recursos através de anúncios, que serão potencialmente muito mais caros para os anunciantes para serem tocados dentro das conversas das pessoas do que no feed geral da rede social.