A Mulher do dia 8 de março (data em que se comemora o dia Internacional da Mulher), é todos os anos comercializada neste mês por empresas que até o presente momento continuam pagando salários maiores aos homens, em detrimento do público feminino contratado no exercício das mesmas funções.
Ao afirmar que muitas empresas comercializam a data do dia 8 de março, argumento no sentido de que, somente importam àquelas um cartaz, uma arte audiovisual, ou um mero post bonito com mulheres de todas as cores ao fundo em meio a uma tela rosa (ou com rosas) em suas redes sociais, para enaltecer o mais do mesmo daquela mulher forte, empoderada, mãe, trabalhadora…, e que todos os anos caem em repetição, com pequenos adendos no tocante aos “empoderamentos”, quando da publicação de textos e notas feitas por um editorial
totalmente masculino.
Mulheres já não querem flores há muito tempo! Mas não porque elas entraram em atrito com a natureza, e sim porque a comparação que fazem delas com essas maravilhas da flora são hipocrisias machistas! Hipocrisias, porque essas mesmas rosas, digo, mulheres, são mortas todos os dias tornando-se apenas números no dia a dia do povo brasileiro.
Há quem diga, mesmo com avançar da vida humana em sociedade e com a igualdade de direitos estabelecida pela Carta Constitucional, que essas mulheres estão e aceitam viver em um convívio familiar marcado pela violência e opressão “porque gostam”! Como se não existisse uma estrutura machista e misógina, por ora religiosa e arcaica que impede essas vítimas de saírem de suas casas. Muitas delas, aliás, não têm empregos, outras possuem filhos
com os agressores, bem como grande número daquelas desconhecem totalmente os canais oficias de suas cidades ou mesmo do Governo para denunciar tais crimes. Para piorar todo esse cenário que foi ampliado pelo convívio forçado inserido pelo lockdown, muitas cidades não contam ainda com delegacias especializadas para o atendimento de denúncias, e quando têm, muitas delas são regidas por homens. O que acaba dificultando para quem sofre à agressão denunciar os crimes, por vezes sexuais, sem um aparato feminino capacitado para ouvir e realizar o encaminhamento dessas mulheres para um ambiente sadio, amparadas por medidas protetivas, que vão desde o afastamento obrigatório de seus agressores, até à prisão.
Diante de todas as evidências de agressão e feminicídios, no contexto da pandemia que assola o país, muitas
mulheres decidiram juntas criar grupos de apoio ou mesmo se valerem das redes sociais como canais de alerta, capazes de alcançar, sem embargos geográficos, todas as possíveis vítimas. Além disso, muitos desses canais são e foram responsáveis pela demonstração de como e onde se buscar auxílio para o enfrentamento desses crimes.
A sororidade dessas mulheres chegaram inclusive a aguçar um movimento comum entre algumas empresas, que acabaram se tornando parceiras dessas empreendedoras e ativistas digitais, na qual juntas buscaram investir na contratação, ou mesmo na especialização profissional de mulheres violentadas e sem renda na crise causada pela disseminação do Coronavírus no Brasil.
A exemplo disso, na cidade de Juiz de Fora – MG, localizada na zona da mata mineira, muito antes da crise sanitária de 2020, alguns jovens da princesinha da Mata, resolveram criar um projeto que abraçasse, a princípio, mulheres vítimas de abusos e de crimes sexuais a se reestruturarem no convívio social.
O PROJETO FLORESCER-JF
Exatamente por ter sido pensado visando o acolhimento da mulher vítima de agressão, é que o projeto, diferente do que costumam fazer as empresas no mês da mulher, resolveu inovar, dedicando não apenas um dia ou somente uma semana, mas um mês inteiro destinado à promoção de eventos que dentre outras coisas, permitirão à distribuição de insumos como alimentos, roupas, objetos de higiene pessoal, etc. , para todas as mulheres que resolverem passar nos principais centros comerciais da cidade.
Para que isso pudesse acontecer, a fundadora do projeto Gabriely Mendes e o seu Presidente Fábio Fernandes, junto aos seus colaboradores e voluntários, se reuniram com os gestores dos edifícios comerciais mais disputados em Juiz de Fora – MG.
Na reunião com os gestores, basicamente pediram que algumas lojas pudessem ser locadas por eles de forma gratuita. O poder de persuasão dessa galerinha é tão forte que, não um, mas vários outros estabelecimentos compraram a ideia, e hoje já são três lojas espalhadas pela cidade, prontas para executar mais um trabalho social, porém, agora, com maior magnitude.
Dentro desses espaços comerciais de grande circulação, as mulheres que estiverem passeando pelos shoppings poderão se enxergar nas fotos, folders, cartazes, e também, nas mídias digitais que estarão disponíveis no interior das lojas disponibilizadas ao projeto, além de poderem conhecer um pouco mais sobre o histórico de mulheres fortes e empoderadas pelo mundo, como também doarem alimentos e roupas, e até mesmo compartilhar suas vivências.
O PROJETO FLORESCER – JF E A SUA IMPORTÂNCIA NO MÊS DA MULHER EM JUIZ DE FORA
Exatamente por ter sido pensado visando o acolhimento da mulher vítima de agressão no início, é que o projeto, diferente do que costumam fazer as empresas no mês da mulher, resolveu inovar, dedicando não apenas um dia, ou somente uma semana, mas um mês inteiro destinado à promoção de eventos que, dentre outras coisas, permitirão à distribuição de insumos como alimentos, roupas, objetos de higiene pessoal, etc. , para todas as mulheres que resolverem passar nos principais centros comerciais da cidade.
Para que isso pudesse acontecer, a fundadora do projeto Gabriely Mendes e o seu Presidente, Fábio Fernandes, junto aos seus colaboradores e voluntários, se reuniram com os gestores dos edifícios comerciais mais disputados em Juiz de Fora – MG.
Na reunião com os gestores, basicamente pediram que algumas lojas pudessem ser locadas por eles de forma gratuita. O poder de persuasão dessa galerinha é tão forte que, não um, mas vários outros estabelecimentos compraram a ideia, e hoje já são três lojas espalhadas pela cidade, prontas para executar mais um trabalho social, porém, agora, com maior magnitude.
Dentro desses espaços comerciais, de grande circulação, as mulheres que estiverem passeando pelos shoppings, poderão se enxergar nas fotos, folders, cartazes e, também, nas mídias digitais que estarão disponíveis no interior das lojas disponibilizadas ao projeto, além de poderem conhecer um pouco mais sobre o histórico de mulheres fortes e empoderadas pelo mundo, como também doarem alimentos e roupas, e até mesmo compartilhar suas vivências.
VEM DE SPOILER!
Para a construção do ambiente físico desses espaços, e também a divulgação do material digital para o marketing que acontecerá durante todo o mês de março, foram ouvidos desde o início de 2021, relatos de inúmeras mulheres, de diferentes idades, sexualidade e gênero, nos mais diversos centros de convivência de Juiz de Fora.
O sucesso foi garantido e à participação dessas lindas figuras já estampam de forma intimista e regadas com muito suspense, os murais e espelhos das lojas destinadas à execução do trabalho fomentado até aqui.
Por fim, nenhum projeto se mantém sozinho, nem tampouco sobrevive sem a ajuda de custo daqueles que acreditam na sua execução. Logo, se até aqui você se sentiu instigado a conhecer ou mesmo a ajudar o projeto, não hesite em visitar e também seguir a pagina oficial do Florescer – JF* no Instagram, ou mesmo de participar como voluntário ou parceiro(a) oficial dessa causa.
(Imagem autorizada pelo Projeto Florescer-JF)
Texto: Rodolfo Domingos
Edição: Bruna Maria da Silva
*Conheçam e sigam o Instagram Oficial do Projeto: @florescerjf