Muitos brasileiros sonham em ter a casa própria e/ou o carro novo. Mas o que poucos sabem é que existem diversas formas de adquiri-las, seja por meio do empréstimo ou até mesmo um consórcio. A questão é: como escolher a melhor opção? Qual é a finalidade de cada uma? E os juros? O artigo a seguir apresenta as principais diferenças e a finalidade para cada momento, saiba como usá-la.
CONSÓRCIO
Um consórcio trata-se de um grupo de pessoas ou empresas que sonham em ter um bem específico e se juntam para isso, abrindo-se uma espécie de poupança comum. Ali os participantes têm garantido o direito de usar essa conta para a compra do bem, dentro de um prazo determinado. Cada participante tem igualdade de prazos e condições e ao final do período, tem-se um contemplado, que é o ganhador do consórcio.
FINANCIAMENTO
Ao contrário de um consórcio, um financiamento é a concessão de um crédito para a compra de um bem, produto ou serviço específico, dado por meio de uma garantia prévia, que serve para honrar aquela dívida em caso de inadimplemento. Em outros termos, é um empréstimo com finalidade específica (carro, moto, casa, apartamento), que exige comprovação da situação econômica para honrar a dívida.
Em ambas as situações, um consumidor que desejar adquirir um imóvel ou automóvel, mas não sabe ainda qual modalidade escolher, atenção, um consórcio pode até oferecer parcelas menores que as de um financiamento, mas exige paciência, já que são sorteios onde a sorte está lançada, ao contrário do financiamento, que garante a entrega imediata do bem, desde que pago da maneira correta e dentro do prazo previsto.
TAXAS
Cada uma das opções oferece condições próprias e juros específicos, isso varia de instituição para instituição, porém, de acordo com os planejadores financeiros, o ideal é não optar por nenhum dos dois, se você tiver o valor à vista, mas isso requer dedicação, consistência e paciência para juntar o aporte necessário. Como essa não é a realidade de muitos brasileiros, espera-se que o consumidor tenha em mente que o consórcio demanda um prazo maior, ou seja, se a finalidade do bem for imediata, recorra-se ao financiamento, com datas pré estabelecidas em contrato. Se o bem não for tão urgente, vale a pena esperar e optar pelo consórcio.
VALOR DE ENTRADA
O financiamento normalmente exige um valor de entrada, que varia entre 20 a 30 % sobre o valor do bem, o que não é o caso dos consórcios. Vale a pena avaliar se já possui a quantia mínima para dar entrada no bem, assim será mais rápido e mais organizado do ponto de vista financeiro.
PERFIL
Saiba qual é o seu perfil. Se você é uma pessoa organizada financeiramente a ponto de compreender um financiamento do início ao fim, sabe organizar os aportes mensais e tem consistência em relação ao prazo, o financiamento tende a ser uma boa opção, mas é fundamental pensar na questão da entrada, normalmente o ideal é que fosse igual ou superior à 50% do valor do bem. Recomenda-se investir, em opções que renda bons juros, capazes de multiplicar o dinheiro e não perdê-lo para a inflação. Se você é uma pessoa que não busca imediatismos, ou seja, entende o consórcio como algo de longo prazo, é interessante essa opção, mas lembre-se de avaliar todas as possibilidades na hora de efetuar um, saiba escolher os melhores produtos de acordo com a sua necessidade.
Portanto, avaliar a escolha de um produto ou outro não leva-se em consideração apenas o que os especialistas em finanças dizem, mas sim o seu momento presente as suas condições atuais. É muito melhor investir a quantia em algum produto rentável (juros compostos) para ganhar a inflação e conseguir um bom retorno, mas é fundamental também ter educação financeira o bastante para saber calcular as taxas de juros, pesquisar preços e não se deixar levar apenas pela emoção na hora de adquirir um bem. Lembre-se da sua capacidade financeira, para não gerar quebras de expectativas, como por exemplo, a perda da um financiamento por atraso, ou a apreensão de um veículo pelo não pagamento.