39 mil pessoas estão internadas nos Estados Unidos da América. Na semana passada eram 20 mil norte-americanos internados. Os números subiram absurdamente de acordo com o US Today, imprensa americana. O governo americano voltou a recomendar o uso de máscaras em lugares fechados e abertos independente da imunização já estar completa ou não.
O número de pessoas completamente vacinadas contra a covid-19 nos Estados Unidos chegou a 163.312.474, ou o equivalente a 49,2% da população, segundo dados divulgados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Os norte-americanos que tomaram apenas uma dose somam 188.996.475, ou 56,9% da população. Lembrando que nos EUA não existe o SUS, a conta chega e chega alta.
O presidente Joe Biden está com um problema que não sabe como resolver: os ‘antivax’ [pessoas que não querem tomar a vacina contra a Covid19 por qualquer razão que seja (geralmente baseada em fake News), como: implante de chip, doença criada em laboratório, vacina desenvolvida em menos de 1 ano e mais loucuras que costumamos ver em filmes Hollywoodianos.
Enquanto isso, fora do núcleo duro da política, acompanhamos pelas nossas redes sociais a galera indo para as festas lotadíssimas em Miami Beach, Nova Iorque, entre outros points de famosos que vemos pelos stories do Instagram. Sempre sob a premissa de que “já tá todo mundo vacinado”, uma mentira (até porque nem pedem sua ‘carteirinha de vacinação’ para deixar entrar em festas nos EUA – tá passada?). A variante Delta comendo solta, ninguém sabe se a vacina oferecida atualmente cobre este ‘tipo de Covid’ e parece que estamos mesmo no fim do mundo e ninguém liga.
Acho que há uma contradição que a evolução deve dar um tilt: preservar a espécie esperando sair uma cura para a doença do século X gastar o que resta da vida se divertindo, dançando e cantando nos bares (no caso do brasileiro, sem máscara e sem a vacina – um tipo de suicídio).
Não sou especialista em genética, nem estudo a evolução humana, mas não sou tão leita em psicologia e penso que o ser humano decidiu testar os limites de “até onde a raça humana consegue ir” com o agravante “os egocêntricos não têm empatia e não existe medo de morrer ‘amanhã ou daqui XX anos’”. Ao que parece, dá no mesmo morrer amanhã ou daqui alguns anos. Parece que o pessoal está levando a frase “live fast die young” (viva rápido e morra jovem) a sério demais.
Enquanto, isso no cenário brasileiro: temos 20 milhões de pessoas infectadas pelo coronavírus (sendo +40 mil casos de ontem para hoje), 552 mil mortes, média de 2 mil pessoas morrendo por dia. O presidente Bolsonaro, mais alheio aos acontecimentos do que o personagem de John Travolta em Pulp Fiction. Mas o Brasil é um negócio tão à parte que nem Tarantino teria previsto. Enfim: O presidente decidiu fazer uma minirreforma ministerial. Rodrigo Pacheco (presidente do Senado) e Arthur Lira (presidente da Câmara) fazem de conta que está tudo normal.
A Covid faz festa, desola o mundo e a fome volta no Brasil. Tudo isso com impressionantes 18% da população brasileira totalmente imunizada (ou seja, as duas doses das vacinas devidamente recebidas).
Ficou evidente: cresceu no mundo o número de negacionistas e neofascistas. Não só nos EUA, mas até mesmo no Brasil. Como pudemos acompanhar, Jair Bolsonaro se encontrou com uma líder da ultradireita alemã, neta de ministro de Hitler. Um escárnio.
Os jogos olímpicos de Tóquio estão acontecendo “normalmente” enquanto os 60% japoneses protestam contra o COI. A CPI está afogada no meio de tanta notícia. O brasileiro não sabe se dorme, assiste os jogos ou acompanha a política. Todos os dias acordamos mais cansados do que quando fomos dormir. O stress mental vem ganhando limites inaceitáveis enquanto não temos convívio social decente, emprego, renda e 100% de vacinas.
Quantas pandemias o Brasil está vivendo?