Diante da pandemia causada pelo novo coronavírus, muitas empresas têm fechado as portas, demitido funcionários e interrompendo o fornecimento de um produto e/ou serviço. Isso tem gerado um déficit muito grande em relação à economia nos mais variados setores, inclusive na contratação de novas mãos-de-obra.
Diante disso, torna-se necessária uma reformulação nos setores operacionais e estratégicos de uma organização, com o foco em manter a produtividade pós pandemia, bem como uma nova política de incentivo aos micro e pequenos empresários, bem como os autônomos, cujos setores foram os mais afetados, em relação aos setores considerados essenciais.
Grandes economistas e administradores informaram que após a pandemia, muitos setores terão que repensar sua marca, promovendo estratégias que terão como principal objetivo superar a crise econômica. Ademais, o que temos visto ultimamente é a utilização do chamado trabalho remoto, ou home office, como preferir, apostando em tecnologias e viabilização da mão de obra.
Um dos ajustes que as empresas têm de fazer é iniciar ou expandir acordos de trabalho flexíveis e outras políticas que permitam que as pessoas trabalhem remotamente e com segurança. Dependendo do setor, as empresas vão querer reorganizar as equipes e redistribuir recursos, e estabelecer programas e políticas de bem-estar dos funcionários que suportem um ambiente de trabalho seguro.
A pandemia veio para nos mostrar o quão importante é alavancar os recursos tecnológicos de uma empresa, como um marketing digital, a utilização de ferramentas ágeis, sustentáveis e econômicos, reduzindo, assim, os custos de uma produção manual. Apostar em uma cadeia de suprimentos mais enxuta, pode, a longo prazo, minimizar os custos e aumentar a receita bruta do caixa financeiro.
Aliás, um dos meios de facilitar essa nova implementação de tecnologias dentro de uma empresa pressupõe uma mudança na cultura organizacional. Significa dizer que as empresas precisam apostar em tendências atuais, focadas na satisfação do cliente, na rapidez e na qualidade dos produtos.
Existe uma situação que diz respeito ao caixa de uma empresa que fora afetado pela crise. Apostar em refinanciamento pode ser uma boa solução, haja vista que o financiamento e juros estão favoráveis com a queda da taxa SELIC. Ainda assim, é bom apostar em um planejamento financeiro e tributário capaz de reduzir a carga de tributos e alavancar os investimentos, como por exemplo, a renda variável (ações, opções, fundos de investimentos).
O apoio governamental e político é interessante neste momento. As empresas devem monitorar o governo nacional e as oportunidades organizacionais de apoio e como elas podem servir melhor as circunstâncias individuais de sua situação. É importante notar que o apoio governamental pode diferir de acordo com a jurisdição e o setor. As empresas precisarão identificar e compreender cada oferta de apoio e determinar quais são as melhores para a sua organização.
A longo prazo, as empresas deverão considerar quão robustos foram os seus negócios, a sua equipe de gestão e as suas iniciativas para enfrentar a crise. Também será importante considerar e redefinir os pressupostos empresariais que sustentam a cadeia de abastecimento e outras concentrações a que muitas empresas têm estado expostas ao longo do tempo.
Por fim, ante as considerações aqui expostas é necessário reformular todo o sistema empresarial a fim de garantir que as medidas adotadas funcionem. Não basta introduzir uma tecnologia e deixá- la a mercê do que o mercado sugere, mas, apostar em treinamento, desenvolvimento e avaliações periódicas ajudam a ajustar o novo modelo de negócio. É importante que as empresas tenham consciência de que a pandemia veio para nos ensinar o quão necessário é estabelecer um modelo ágil, eficiente e totalmente capaz de se adaptar às situações econômicas externas.