O presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, é um “Messias às avessas”. Propaga o marketing do terror e, ao governar em favor da morte, faz necropolítica. De resto, produz instabilidade econômica, calamidade pública e até insegurança alimentar.
Estima-se que 59% dos lares brasileiros, equivalente a 125,6 milhões de pessoas, estejam em situação de insegurança alimentar, sem ter plena certeza de que conseguirá manter alimentação diária. É o que revela levantamento de dados da pesquisa “Efeitos da pandemia na alimentação e na situação da segurança alimentar no Brasil”, coordenada pelo do Grupo de Pesquisa Alimento para Justiça: Poder, Política e Desigualdades Alimentares na Bioeconomia, com sede na Universidade Livre de Berlim.
Fosse Bolsonaro um bom líder, estaria preocupado em manter a nação brasileira intacta e segura com os direitos humanos garantidos. Os golpes de ânimos sofridos diariamente se equiparam a ‘sobreviver’, não a ‘viver’ de fato.
O stress físico e mental se instalou e virou rotina do ‘novo normal’ que o coronavírus nos permite viver no que se refere à sociedade.
Bolsonaro pratica vilipêndio contra a memória de seus mortos.
Além dos profissionais de saúde, que não conseguem vencer a demanda de infectados e internados com a Covid-19, o país sofre com o serviço funerário em colapso. Em São Paulo, por exemplo, já são realizados funerais noturnos. E sepulturas verticais são feitas para multiplicar jazigos.
Enquanto o país inteiro enfrenta a doença com dor, o presidente e seus apoiadores já estão em campanha para 2022 – com bandeiras inspiradas na necropolítica. A última dessas bandeiras tenta nos convencer que a liberdade do brasileiro está sendo coibida, quando, na verdade, governadores e o Supremo Tribunal Federal (STF) restringem missas e cultos com o objetivo único de salvar vidas.
Quando a pandemia estourou, em 2020, a OMS desaconselhava a prática de qualquer festa ou evento que provoque aglomerações. Ano passado, na celebração de Páscoa, em um ato simbólico (e prático) contra as aglomerações, o Papa Francisco realizou a missa sozinho, sem fiéis, na Basílica de São Pedro. Em 2021 não há Papa ou cientista que faça essa gente pregar a favor da vida.
No dia 6 de abril de 2021, o próprio ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta – em conversa com Leandro Demori e Reinaldo Azevedo, no ‘Ziriguidum‘ (Clubhouse) – em comparação esdrúxula da economia do governo Lula ao governo Bolsonaro, sacramentou o pesadelo de que esse governo pensa que a morte de CPFs é mais ‘tolerável’ que a morte de CNPJs.
No último final de semana, o Brasil ultrapassou os 350 mil mortos por Covid-19. A pandemia não tem uma linha de horizonte definida para a humanidade voltar ao ‘normal’. Vacinas não chegam com a velocidade que deveriam. O presidente Bolsonaro não governa o país e não deixa ninguém tomar decisões que prezem pelo bem-estar e vida em sociedade.