A palavra “Pandemônio” foi criada pelo poeta inglês John Milton, em 1667, ao chamar assim a suposta capital do Inferno, onde reina a confusão e a corrupção.
Não existe mais “capital pandemônica” — e de quebra com uma pandemia simultaneamente — todos os Estados sofrem do mesmo mal.
Não, a CPI não instaura o pandemônio no Brasil. Quem faz isso é Jair Bolsonaro.
Apesar do caos, os bolsonaristas fazem questão de afirmar que “está tudo ótimo”. Desta forma, e devido à incapacidade de conectar dois neurônios, o momento político é mais angustiante do que a expansão da própria Covid-19.
A preocupação com a próxima geração, que daqui a 15 anos será de jovens adultos, trará problemas gravíssimos em questões de ética, respeito e liberdade de expressão.
Educação
no Brasil: não existe
Ministério da Saúde: não existe
Ministério da Cultura: não existe
Secretária de Comunicação (Secom): não
existe
Bolsas para pesquisas científicas: não tem
Educação contra a violência verbais e/ou física: não tem no Brasil
Como será que a nova geração reagirá daqui 10 ou 15 anos? Como serão as reações às ideias contrárias, se tudo agora vem sendo resolvido na base do grito, mortes suspeitas (lembram do Gustavo Bebbiano?), decreto de armas e por aí o futuro do Brasil se desenha e se embasa em informações falsas propagadas pelo governo de Bolsonaro?
Estamos em processo de deseducação dos Brasileiros.
A CPI está aí para mostrar tudo o que aconteceu por baixo dos panos. É incrível que ainda exista a categoria de “governista”.
O Presidente da República frita todos os que falam mal dele. Frita até quem fala bem. Com a CPI não vai sobrar “pedra sobre pedra”.
Jair Bolsonaro não aguenta uma pessoa em cima do muro, por isso pressiona Arthur Lira (Câmara), Rodrigo Pacheco (Senado) e Augusto Aras (PGR) para que essas autoridades expressem seus elogios
públicos à gestão do genocida. O problema é que não cola mais, todo mundo já conhece o histórico de Bolsonaro, tem que estar muito ‘por fora’ da realidade para apoiar este governo. Quem tem um mínimo de amor próprio já viu que ‘vai dar ruim’.
O ‘Clã Bolsonaro’ está consideravelmente mais preocupado com os depoimentos na CPI do que com a “salvação geral da nação”. O governo federal realmente acha que a CPI é mais mortal que a Covid, mesmo que o Brasil tenha ultrapassado os 430 mil mortos por Covid-19. E além da CPI surgem as pesquisas eleitorais que deixam Jair Bolsonaro sem a faixa presidencial em 2022 contra Luiz Inácio “Lula” da Silva.
Enquanto isso, Pazuello deve estar forjando um atestado DE ÓBITO pra fugir da CPI… Sabemos que o ex-ministro da Saúde está correndo contra o tempo para poder ficar calado durante o depoimento. Na condição de testemunha e tendo sido intimido a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito, marcada para o dia 19 de maio de 2020, é quase impossível que o ex-ministro tenha a opção de ficar calado. Não vai passar.
Aos que ainda defendem Jair Messias Bolsonaro, pergunto: como é conseguem ficar tranquilos enquanto o presidente serve uma picanha de R$ 1.799 o quilo numa aglomeração? O que você faria com mil setecentos e noventa e nove reais?