Quando o Ultrage a Rigor fez aquela música: “Corri para o quarto, acendi a luz, olhei no espelho, o meu tava lá, ainda bem que eu não tô na TV senão ia ter que cortar…”, muitos podem ter achado apenas engraçado. Mas atenção, homens! Muita atenção! Higiene é tudo. Senão… um dos seus maiores temores (Freud alertou!) pode acontecer: cortar o pênis.
A urologia é a especialidade médica que cuida da saúde genital masculina, o que equivale à ginecologia para as mulheres (desculpa se subestimo alguns leitores…). Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, cerca de 1.600 homens brasileiros têm o pênis amputado todos os anos, isto é, cerca de 4 por dia. O motivo? Falta de higiene e câncer.
O pênis tem uma pele chamada prepúcio que cobre a glande (a “cabeça” do pênis). Abaixo dessa pele, há produção de uma substância esbranquiçada chamada esmegma. O acúmulo dela pode levar a processos inflamatórios e lesões na glande. Para piorar, atrai alguns microrganismos, como bactérias, fungos e vírus. Um dos principais perigos é a ocorrência local do papilomavírus humano (HPV), o mesmo que causa do câncer de colo do útero. Esses vírus são terríveis! Eles são oncovírus! (onco significa câncer).
O câncer de pênis corresponde a 2% do total entre os homens. A indicação de tratamento é cirúrgica, ou seja, a retirada dele (que leva junto total ou parcialmente o pênis!). Em casos avançados, ainda podem ser retirados os testículos e até regiões da virilha. A cirurgia é chamada de falectomia. Infelizmente, a ocorrência é maior em países periféricos, nas camadas de baixa renda e sobretudo ocorre por falta de cuidados simples como se ocupar de lavar o “dito cujo”. Empoderamento de informação é fundamental! Nada dessa desconfiança sobre a ciência!
Então, água e sabão, para sua segurança, especialmente após as relações sexuais ou masturbação.
Você que é homem, fica a dica. Senão vai ter que cortar…