Daiane dos Santos se emociona com vitória de Rebeca Andrade: “Muita representatividade”.

Uma pessoa que foi extremamente importante e lendária na ginástica brasileira, Daiane dos Santos vibrou e comemorou demais com a vitória e medalha de prata de Rebeca Andrade, na ginástica artística das olimpíadas de Tóquio, ao som de “Baile de favela”. Atualmente como comentarista da Globo, A ex ginasta se emocionou e chorou bastante com a conquista da brasileira durante a transmissão.

Daiane foi uma das primeiras na ginástica brasileira. A atleta abriu as portas do esporte com sua histórica atuação de solo brasileirinho. Daiane, infelizmente, não venceu nenhuma medalha Olímpica, apesar de ter conseguido o ouro no solo no Mundial de Ginástica em 2004.

Daiane ficou muito feliz e emocionada com o marco histórico de Rebeca, que foi a primeira mulher a conseguir uma medalha na ginástica artística.

– A primeira medalha (feminina de ginástica) do Brasil em um mundial foi negra e a primeira medalha Olímpica é negra. Isso é muito forte. Durante muito tempo as pessoas diziam que não poderia ter uma ginasta negra. Que as pessoas negras não poderiam praticar certos esportes. E a gente vê hoje a primeira medalha para uma menina negra. Tem uma representatividade muito grande atrás de tudo isso. – disse Daiane

– Uma menina que veio de uma origem muito humilde, que foi criada por uma mãe solo (…), que aguentou tudo que ela aguentou, todas as lesões e tá aí hoje para ser a segunda melhor atleta do mundo: uma brasileira. A ginástica esperou muito por essa medalha.

Rebeca se tornou a primeira medalhista olímpica. Quando começou a treinar em Guarulhos, na Grande São Paulo, quando tinha 4 anos, ela ganhou o apelido de “Daianinha”.
“Essa medalha não é só minha, é de todo mundo. Todos sabem da minha trajetória, o que eu passei. Se eu não tivesse cada pessoa dessa na minha vida, isso aqui não teria acontecido. Tenho certeza disso. Sou muito grata a todo mundo mesmo. Acho que mesmo se eu não tivesse ganhado a medalha, eu teria feito história, justamente pelo meu processo para chegar até aqui”, disse a medalhista de prata.