Na última sexta, dia 22/08, foi o dia da Sobrecarga da Terra de 2020. Foi nesse dia, que nós humanos, oficialmente gastamos todos os recursos que o planeta poderia oferecer pra esse ano.
Para entender melhor, Imagine que na geladeira tenha 30 latas de cerveja, e eu só possa ir no mercado uma vez por mês. Se eu tomar uma lata ou menos por dia, tá tudo bem, não vai faltar e sempre vai ter uma cervejinha gelada. Mas e se eu me empolgar e começar a tomar 2 por dia? Nesse momento eu começaria a roubar de mim mesma no futuro. No primeiro dia do mês eu posso olhar a geladeira cheia de cerveja e ter a impressão de que tem bastante, não dá nada tomar mais uma. Mas quando chegar no dia 15 acaba tudo e eu não teria mais nada!
De certa forma é isso que a humanidade tem feito com a Terra – consumimos mais recursos do que ela é capaz de oferecer. O nosso consumo em excesso; ligado a florestas derrubadas, pesca exagerada, produção de carne e poluição; está sobrecarregando o planeta. Pode parecer que não, pois ainda “vemos muita cerveja na geladeira”, mas uma hora esses recursos vão faltar. E aí não dá para ir no mercado comprar mais.
O dia de sobrecarga da Terra é o dia em que passamos a roubar de nós mesmos. O dia em que consumimos mais recursos do planeta do que ele é capaz de regenerar naquele ano. Essa data muda sempre, pois está ligada ao quanto consumimos, e esse ano, ela ocorreu 24 dias depois da data do ano passado, pois a quarentena nos forçou a emitir menos poluentes – mas ainda assim, esgotamos os recursos do planeta em Agosto. O que consumimos a partir de agora, pode faltar um dia no futuro.
Mas existem maneiras de reduzir nosso consumo e contribuir para não exigir tanto do planeta. As principais ações são relacionadas a forma como produzimos nossos alimentos, como nos movemos, quais as fontes de energia usamos, quantos filhos temos e quais áreas protegemos para manter a vida selvagem. Não é simples e não depende só de ações individuais, mas de compromissos públicos de governos e corporações. Mas é possível.