No dia 11 de fevereiro é comemorado o dia internacional de mulheres e meninas na ciência. Este dia foi definido em assembléia geral das Nações Unidas em 2015, com o objetivo de aumentar a conscientização sobre a questão da excelência das mulheres na ciência. Além disso, busca lembrar a comunidade internacional de que a ciência e a igualdade de gênero devem avançar lado a lado para enfrentar os principais desafios mundiais. Isto é essencial para alcançar os objetivos e metas da agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável, que nada mais é que um plano de ação para as pessoas, o planeta e a prosperidade que busca fortalecer a paz universal.
Mas por que um dia de mulheres e meninas na ciência?
Ao redor do mundo, as mulheres ainda são minoria nas carreiras acadêmicas. Quando você pensa em um cientista, normalmente a imagem que vem à cabeça é aquela clássica do Albert Einstein: Um homem branco, descabelado, e muitas vezes de jaleco.
Albert Einstein. Foto: Reprodução.
Mas isso não acontece por falta de competência ou por questões biológicas e cognitivas, como alguns cientistas mais conservadores, normalmente homens, cis e heteros, ainda acreditam. As mulheres sofrem pressões desde sua infância, que vão desde os estereótipos de gênero (que menina nunca foi estimulada a fazer balé, brincar de boneca ou de casinha?) até a falta de representatividade, o que acaba desestimulando o interesse pelas ciências.
Porém, nós existimos. Cientistas mulheres existem e resistem todos os dias às pressões que sofrem dentro e fora do ambiente acadêmico. E muitas de nós se dedicam, para além das nossas pesquisas, à lutar pela diversidade no ambiente acadêmico, promovendo a entrada e a permanência de meninas na ciência.
Dra. Luisa Maria Diele-Viegas em evento promovido pela Rede Kunhã Asé em 2019. Foto: Walter Costa Neto
Esse é o caso da rede Kunhã Asé de Mulheres na Ciência. Através de ações em escolas, participação e organização de eventos, produção de artigos científicos e divulgação científica nas redes sociais e fora delas, a RKA busca, acima de tudo, fornecer apoio emocional e intelectual à meninas e mulheres que tenham interesse pela ciência ou que ja estejam inseridas no ambiente acadêmico. Sempre pautadas no conceito de interseccionalidade, que entende que os sistemas de opressão como o racismo, xenofobia, classismo, capacitismo, LGBTQIA+ fobia e machismo podem se sobrepor e relacionar-se entre si, nossas ações buscam abranger os diferentes grupos subrepresentados na academia. Afinal, a diversidade é o principal pilar de um sistema saudável e harmônico.
Para o dia de hoje, fica a mensagem: menina, nós existimos! Não deixei de seguir seus sonhos!
Afinal, lugar de mulher é aonde ela quiser… inclusive fazendo ciência!