Este texto foi atualizado pela autora no dia 12 de maio de 2021 às 11:41
VAMOS LÁ: A bomba de hoje é com o ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli.
Ao que parece, tudo o que explodiu hoje não passa de uma tentativa para emplacar (de novo) a história de “impeachment de ministro”. Como não rolou com o ministro do Supremo Alexandre de Moraes, os Bolsonaristas estão cavando escândalos para fritar qualquer um que possa ser derrubado.
Com a abertura da CPI esmurrando o presidente Jair Bolsonaro, qualquer assunto é válido para criar uma cortina de fumaça a favor do governo federal. Qualquer tema que desvie a atenção dos problemas que o presidente da república vem enfrentando [com os depoimentos de ex-ministros de seu governo] é visto como uma oportunidade para dar a impressão de que autoridades [que fiscalizam o governo] não têm credibilidade para julgar as ações e decisões de combate à pandemia tomadas pela gestão Bolsonaro.
O QUE ESTÁ ROLANDO?
A Polícia Federal, sob o comando de Paulo Maiurino, pediu abertura de inquérito para investigar as suspeitas de pagamentos ao ministro Dias Toffoli. Maiurino está sendo alvejado pelo governo federal por ter autonomia e poder gerar instabilidade para Jair Messias Bolsonaro. Há medo nos bastidores.
Nos bastidores há uma disputa ferrenha para ver quem vai assumir a cadeira do ministro decano Marco Aurélio Mello, que se aposenta ainda este ano, em 5 de Julho de 2021. Ainda assim, uma ‘saída’ abriria outra vaga (mesmo que seja forçada).
De acordo com algumas fontes, quem vazou o assunto mais comentado do momento em Brasília não foi Sergio Cabral numa delação premiada, como foi dito por aí. Foi a Procuradoria Geral da República (PGR), de Augusto Aras. Além de emplacar o nome do PGR como ‘salvador da pátria’ e ‘defensor da moral e bons costumes’ (argumento que os eleitores de Bolsonaro adoram) a fim de ajudar a derrubar o ‘ministro nomeado por Lula’. O buraco é mais embaixo, sim…
André Mendonça (AGU) também usa unhas e dentes para defender que seja a melhor escolha para o Supremo Tribunal Federal. Mendonça seria o ‘queridinho’, ‘o favorito’ — só que não — de Augusto Aras. Afinal estão brigando pela mesma vaga, mas se tiver duas vagas, pode ser que haja uma bandeira de paz. O conflito de interesses cessa.
Outro nome, menos pronunciado, que tem brigado pela vaga do decano do STF é Jorge Antônio de Oliveira Francisco. Oliveira é um policial militar da reserva e advogado brasileiro, atual ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
No fim das contas, todo esse auê de “impeachment de ministro” (que nunca cola pra quem entende um mínimo sobre política), há de favorecer Bolsonaro em um dia em que o assunto mais comentado foi o quilo de picanha de R$ 1.799 num churrasco de aglomeração para comemorar o dia das mães.
- É importante lembrar que Sergio Cabral escolhe alvos arbitrariamente, por um erro do Ministério Publico (MP), que coleciona mais de 300 anos de prisão.
Um Comentário
Anônimo
Vocês, jornalistas, são uma verdadeira fonte de desinformação. É lamentável dizer que “denúncias” contra o STF não colam! Por quê? Eles são os donos da verdade absoluta? Ninguém pode questionar? Por que uma CPI para investigar o uso da cloroquina pode, e as falcatruas dos Ministros do STF não podem nem mesmo ser ditas, sob pena de prisão? O jornalismo brasileiro fala de tudo, menos o que interessa ao povo. É o começo do fim dessa categoria: uma vergonha!!!