Há 5 anos, ninguém acreditaria em você se você dissesse que ganharia dinheiro e montaria um modelo de negócios em cima de um aplicativo que manda apenas uma mensagem ou de um que envia fotos que se apagam em poucos segundos. Talvez você não tenha notado, mas aplicativos de um único propósito como o Yo! e Snapchat tem se multiplicado nos últimos anos.
Até mesmo Facebook e Instagram lançaram seus aplicativos separados para conseguirem focar na entrega de serviços altamente específicos como o FB Message e Hyperlapse. A estratégia de fazer pouco, mas com excelência tem dado seus frutos e enseja em batalhas entre startups concorrentes como Meerkat e Periscope.
Se você está vivo online, com certeza você já viu vídeo de seus amigos engraçaralhos dublando cenas de novelas, músicas e memes. Parabéns, você já conhece o Dubsmash, um aplicativo de vídeo, que junta o que há de mais bombado nas redes sociais e lojas de aplicativos: Vine, Não Salvo, Memes.
A ideia surgiu quando Daniel Taschik, Roland Grenke e Jonas Drüppel se juntaram em um hackathon em Berlim que deu origem à aplicação Starlize, Mais tarde conheceram Tim Specht, repensaram no branding e no final do ano passado lançaram o Dubsmash.
Como “em terras brasilisis” a zoeira não tem fim, a adesão do público foi imediata e é bem possível que após as Vine Celebs, surjam a Dubstars. Há apenas um mês na loja de apps da Apple e a uma semana na do Google, o aplicativo explodiu no Brasil nos últimos dias.
O que ele tem de tão sensacional? Basicamente, o usuário grava seus próprios vídeos e, de maneira rápida e intuitiva, pode adicionar a dublagem que quiser a ele. Ele trabalha exatamente onde o Vine falhou e o Stey – ver post sobre o assunto -, acertou: facilidade de adição de áudio aos vídeos autorais.
Com uma vasta categoria de áudios propícios a quem adora uma zoeirinha, atualmente o app acumula mais de vinte milhões de downloads, graças a facilidade de utilização que oferece ao usuário e à grande integração com as redes sociais mais populares do momento. Mais do que falar sobre ele vale a pena ver o que o povo tá fazendo com ele:
Em entrevista ao site Grëender Szene, em outubro de 2014, os criadores do app revelaram alguns segredos do empreendimento:
Como vocês chegaram à ideia do aplicativo?
Daniel: Estavamos trabalhando em projetos anteriores a Dubsmash, com o nome de o “ quadro de mamilo” e Dubsmash foi uma evolução lógica do que já vinhamos fazendo. Nós decidimos simplesmente montar algo. Duas semanas e meia depois, no final de semana, uma versão básica do aplicativo estava tomando forma. Então, nós perguntamos a opinião dos nossos amigos e família, e eles acharam tudo muito engraçado. Então nós fomos ao Berlin Tech Meetup e perguntamos às pessoas o que elas achavam do aplicativo. Começamos a testar o app com pessoas que não conheciamos. Para nós foi muito importante ter o feedback dos usuários.
Roland: Nós queremos desenvolver o aplicativo em sintonia com os usuários.
A proposta no Meetup era fazer com que o Dubsmash fosse um gerador de memes ou um serviço de mensagem privadas eficaz? Vocês se aproximas mais de apenas uma ou das duas ideias?
Roland:
Os dois conceitos são obviamente parte do aplicativo. Já que depois de criados os Dubs podem ser compartilhados como curtas mensagens privadas, talvez, nós estejamos mais próximos do conceito de serviço de mensagens do que de rede social.
Vocês estão conseguindo fazer dinheiro com ele?
Roland: Nós podemos monetizar a partir dos dois modelos – gerador de memes e mensageiro. Podemos, por exemplo, oferecer serviços pagos dentro do app como filtros especiais e sons especiais.
Você tem alguma ideia real de como fazer dinheiro com ele ?
Roland: É claro que se deve sempre ter isso em mente, mas no momento estamos estando se existe um Produto e um Lugar no Mercado (market fit) para ele, e quais são os usos concretos que serão dados ao aplicativo.
Falando de sons especiais, você estão preocupados com questões de direitos autorais?
Roland: Não agora. Oficialmente não estamos em funcionamento [em Outubro de 2015]. Estamos confiantes que teremos uma solução para essas questões no longo prazo. Em geral, os vídeos criados são para serem compartilhados entre os indivíduos, não para um público aberto. E, é claro, as pessoas podem utilizar os próprios sons que elas criarem.
Como vocês se sustentam no momento?
Roland: Nós temos investidores que trabalharam conosco em projetos anteriores que também estão por trás do Dubsmash. Porque não começamos do zero, já temos a infraestrutura de servidores necessária para manter o serviço atual em funcionamento, mesmo que tivermos que nos adaptar no meio do caminho.
Vocês esperam que o Dubsmash vire viral?
Roland: Com certeza esperamos isso. Com as habilidades de compartilhar os vídeos criados, novos usuários com certeza aparecerão. Mas estamos em fase de testes no momento [Outubro de 2014]. Por exemplo, o aplicativo iOS ainda nem está na loja oficial da Apple.
Você acha que o Dubsmash consegirá manter os usuários ativos no longo prazo?
Daniel: Nós estamos em contato constante com os usuários por meio de mensagens diretas. Além disso, há uma série de ocasiões como aniversários, Natal e jogos de futebol com capacidade de impulsionar o app.
O aplicativo YO! é bem fácil de usar, mas a forma que encontraram de monetizar foi ter acesso à tela bloqueada do smartphone e colocar propaganda ali. Vocês aprovam esse tipo de approach?
Daniel: Com certeza não queremos fazer isso com o nosso aplicativo, mas tudo depende simplesmente de como o Dubsmash será o caminho de desenvolvimento que ele tomará no futuro..
Qual é o próximo passo de vocês?
Daniel: Nós continuaremos atentos ao feedback dos usuários, especialemente em evento de repercussão e nas escolar. É importante para nós entender quem são eles. Tudo, é claro, depende do que o Dubsmash se tornará no futuro.
Visite: dubsmash.com
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