Adiantamento do 13º salário, saque do FGTS, auxílio emergencial, auxílio escolar. Os benefícios assistenciais concedidos pelo Governo em tempos de coronavírus têm ajudado muitas famílias a se manterem neste momento tão difícil e incerto. Mas afinal de contas, quando tudo isso acabar e as pessoas voltarem ao status quo de como eram antes, qual será a solução?
A resposta é: DEPENDE. Se analisarmos sob uma perspectiva econômica, saberemos que uma crise financeira está prestes a vir (se é que já não estamos diante de uma), ou certamente diante de uma inflação exacerbada, com escassez de recursos e aumento de preços.
Essas variáveis mercadológicas afetam a vida de todos. Ricos e pobres precisam se adaptar a essa realidade tão cruel, que é a variável econômica. Mas há uma forma de minimizar os impactos causados pela crise e não estou falando de ganho fácil, tampouco de benefícios assistenciais em um dado período de tempo. Muitas pessoas têm visto o auxílio emergencial como uma oportunidade para trocar o seu smartphone, reforma da casa ou mesmo realizar aquele churrasco com os amigos. Não é nada pessoal, mas o nome do benefício já diz para o que serve; EMERGÊNCIA. Bens de consumo não duráveis não são uma boa alternativa para se pensar agora, sobretudo porque o momento é de cautela e planejamento financeiro.
Então, o que as pessoas precisam saber sobre a educação financeira ? Um grande mito é achar que o acesso a conteúdos financeiros diz respeito apenas às classes mais altas, o que não é verdade. Hoje, diante da era tecnológica, diversos sites disponibilizam planilhas, dicas e cursos gratuitos de planejamento financeiro. O site Me Poupe de Nathalia Arcuri, a Fundação Getúlio Vargas e o Banco Bradesco, por exemplo, disponibilizam conteúdos de qualidade que podem ajudar no orçamento familiar.
Não existem mais desculpas para não se educar financeiramente. Não se trata de uma questão meritocrática, mas sim de acessibilidade. Educação financeira não é um mito, não é complicado e não é uma questão impossível de se colocar em prática. Se todos souberem a importância da educação financeira, não existiriam tantas pirâmides financeiras fraudulentas, endividamento em massa, negativações e score abaixo da média.