Sherlock Holmes é sem dúvida um dos mais famosos detetives da história do entretenimento. A Netflix resolveu expandir o universo do personagem, contando mais sobre a sua irmã, Enola Holmes e aqui vamos falar sobre seu filme.
Um pouco da história
Enola é filha de uma família composta por mãe, pai falecido e dois irmãos mais velhos. A garota passou a ser educada única e exclusivamente por sua mãe, Eudoria Holmes (Helena Bonham Carter), já que seus irmãos Sherlock Holmes (Henry Cavill) e Mycroft Holmes (Sam Claflin) decidiram viver suas vidas na cidade grande.
Tendo sido educada através de livros, atividades físicas e ensinamentos maternos acerca do aprimoramento de várias habilidades, Enola se tornou uma garota forte e inteligente.
Um dia, sem explicações, sua mãe desaparece, forçando o reencontro com seus irmãos. Aos 16 anos, sem a figura materna para lhe dar suporte, Enola fica sob a tutela do irmão mais velho, Mycroft, mas a falta de entendimento entre os dois, faz com que a adolescente fuja com o propósito de encontrar sua mãe. Na sua jornada, acaba interagindo com personagens notáveis, que a incentivarão mudar o rumo da política vigente da Inglaterra de 1880.
A narrativa
Enola Holmes é um filme que busca um cuidado enorme na hora de encaixar a história da protagonista com o momento vivido pela Inglaterra no final do século 19. O Roteiro é sensível e cativa o espectador.
Apesar de não investir em muitas cenas de ação, as poucas que têm, conseguem injetar emoções significativas para nos deixar curiosos para a sequência dos fatos. Os personagens são bem postados, carregando fortes características.
Os três atos são diluídos de forma natural e sem pressa. Todas as questões abordadas são explicadas sem que haja ausência de algo.
A estrutura e objetivo do filme
Sherlock Holmes é um dos personagens mais admirados da cultura popular, suas aventuras são sempre lembradas como um marco das narrativas de enigma.
Eu particularmente sou adepto da expansão do universo de grandes nomes como esse. A Enola ter sua aventura retratada é extraordinário, pois ela não é só a irmã de um dos maiores detetives de todos os tempos, ela é uma mulher que crava o seu espaço em um meio fortemente machista.
O longa traz simbologias geniais para mostrar a situação da protagonista, a começar pelo seu nome, Enola, que de trás para frente, fica Alone, que no inglês significa sozinha e durante sua aventura, ela tem que por autossuficiência, lidar com todos os desafios no caminho.
Sherlock, nesse trabalho, se torna coadjuvante, mas de forma justa, pois aparece em momentos chave, para dar um mínimo de mentoria à irmã. A relação dos dois é cativante, porque eles são parecidos quanto ao dom de entender as pistas dos mistérios e estão sempre ligados pela emoção de achar respostas.
A independência da protagonista traz discussões hoje muito abordadas, como o feminismo, que aliás, é imposto da melhor forma possível. A mensagem é clara e a luta é real.
Sem dúvidas, o filme incorpora um discurso bem estruturado e em suas duas horas de duração, não perde por nenhum segundo seu foco.
Vale a pena assistir?
Trazendo elenco de peso e uma Direção maravilhosa, esse longa-metragem tem a receita do encantamento.
Millie Bobby Brown dispensa apresentação, consegue manter o carisma que a revelou para o mundo em “Stranger Things” e quando ela quebra a quarta parede é com uma sutileza incomum. O restante dos atores/atrizes estão sensacionais, importando verdade nos seus respectivos papéis.
Com certeza vale a pena assistir!