“My game, my name – o fim do assédio online começa agora”, assim se apresenta o projeto que se propõe a uma nova iniciativa para mudar uma realidade que muitos ainda desconhecem. Trata-se do assédio às mulheres, muitas vezes feito em plataformas online e de videojogo, sendo que a esfera do gaming é ainda um mundo muito masculinizado.
Para chamar a atenção a esta temática, tentando alertar para essa realidade e sobretudo alterá-la, surgiu o movimento My Game My Name, que expõe a situação de uma forma estratégica. Convidando os maiores gamers para se colocar na pele de uma mulher, jogando com nicknames femininos, de modo a comprovar por si mesmos esta realidade.
A ideia partiu da organização americana Wonder Women Tech, e conta com o apoio da Women Up Games e da Boot Kamp para esta campanha de sensibilização contra o bullying, assédio e abuso dos direitos das mulheres no mundo do videogame. My Game My Name refere-se como indica o título à questão das mulheres muitas vezes optarem por não usar o seu nome nas plataformas de jogo, por medo das consequências.
Apesar do notório machismo no mundo dos gamers, as estatísticas apontam para que 46% dos utilizadores sejam público feminino. Porém, muitas ainda escolhem não identificar o género, para não se sujeitarem às desigualdades.
Os resultados do vídeo proposto aos gamers foram conforme o esperado: foram assediados, desrespeitados, humilhados e maltratados. Só que o problema não é recente, contudo sempre que as mulheres o tentam expor, são tidas como exageradas. Assim, com recurso a gamers masculinos influentes cujos vídeos podem ser vistos no site da campanha, espera-se que esta perceção venha a mudar.