Com o crescimento exponencial do mercado de criptoativos cresce também o número de crimes financeiros como pirâmide financeira e esquema “Ponzi”.
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Quando falamos em pirâmides financeiras as pessoas costumam confundí-las com o marketing multinível. Para a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD) enquanto no marketing multinível a remuneração é pela venda dos produtos E pelo crescimento da sua rede de relacionamento com o próprio time de vendedores e, é uma operação legal, na pirâmide financeira a remuneração é quase que exclusivamente pela indicação da rede de relacionamento porque nesta há poucos ou nenhum produto fisicamente comercializado, além da promessa de ganhos absurdamente altos.
Um exemplo de pirâmide financeira com criptoativos que podemos citar é a Bitclub que arrecadou US $ 722 milhões (R$ 2.9 bi) e a Justiça Americana determinou a prisão de três homens. Atualmente a Investimento Bitcoin está sob investigação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por suspeita de pirâmide financeira.
No esquema Ponzi também há a promessa de ganhos altíssimos, mas, diferente do que acontece na pirâmide financeira, não há constituição de rede. Há a entrega de determinado valor para um operador que promete a rentabilidade alta, mas os lucros são utilizados para pagar novos recursos. Por não haver entrada de novos recursos ocorre atrasos nos pagamentos até que se torna insustentável a sua manutenção.
Um exemplo de esquema ponzi com uso de criptoativos é a PlusToken, empresa chinesa apontada como a responsável pela queda da cotação do bitcoin. Ela foi capaz de desviar, pelo menos, US$ 2 bilhões em criptomoedas. (Simone Gondim, Webitcoin)
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Até o momento nem a ABEVD e nem a Comissão de Valores Imobiliários (CVM) autorizaram ou possuem registro de empresas que operam legalmente com criptoativos nem no marketing multinível e nem em operações de valores mobiliários. Ambos já publicaram notas oficiais sobre o assunto com instruções de como se prevenir de empresas que se posicionam como operadoras de criptoativos.
Logo, NÃO EXISTEM EMPRESAS LEGALIZADAS PARA OPERAR CRIPTOATIVOS NO MARKETING MULTINÍVEL. A busca pela rentabilidade alta sem muito esforço têm feito muitas vítimas. Não seja uma delas.
Caso desconfie do investimento realizado, procure um(a) Advogado(a) especialista no assunto para que minimize ao máximo os riscos. Empresas como estas costumam “esconder” seu patrimônio em nome de familiares ou terceiros na tentativa de burlar uma execução e o consequente bloqueio de bens.