As Pornochanchadas foram tendência no Cinema brasileiro durante um tempo, marcando forte passagem nas décadas de 1970 e 1980. Aqui falaremos sobre um dos títulos do gênero, “O sexo nosso de cada dia“, que traz todos os signos do formato.
O conteúdo do filme
Longa-metragem dirigido e escrito por Ody Fraga, que trabalhou bastante com novelas e ficou mais inserido no meio das pornochanchadas.
O filme traz o passo-a-passo da linha de pornochanchada. Temos um roteiro raso no que diz respeito a imprimir uma história engajada, a direção de arte bem fomentada com decoração e figurinos explorados ao máximo, trilha sonora acompanhando os acontecimentos, acentuada principalmente nas cenas envolvendo teor sexual e abordagem de temas polêmicos.
Esse filme é da década de 1980 e fala da mulher na posse de seu corpo e liberdade em meio a uma sociedade machista. Três amigas são as personagens centrais e cada uma vive seus dilemas, são abordadas coisas do tipo, perder virgindade, ter medo de homens, posição de poder, prostituição e fantasias sexuais.
A Pornochanchada
A pornochanchada em sua maioria produzida, é voltada ao público masculino e às vezes beira a um machismo excessivo. “O sexo nosso de cada dia” reflete isso em toda a sua extensão, o tempo inteiro as mulheres são retratadas como objeto, apesar de haver situações onde elas estão no comando de escolher quando vão transar.
Tem uma personagem das três, no final do filme que é extremamente violada, ela tem medo de homens, não é adepta de sexo anal e é praticamente ignorada quanto suas vontades, o roteiro não tem pudor para a situação dela e nas cenas da suruba ela tá morrendo de prazeres, como se sua consciência não estivesse mais ali.
Vale a pena assistir?
Como citei no início da crítica, “O sexo nosso de cada dia” traz a linha completa do que uma pornochanchada deve obter. Para um longa do gênero, eu achei sincero. Não vou dizer que indico para todo mundo, por motivos óbvios, é um filme que apesar de beirar à tosquice, tem que saber digerir criticamente.