Se o estilo de vida muda, o modo de se vestir tende a acompanhar. Imagina então quando essa mudança sai do cunho pessoal e atinge literalmente toda a comunidade mundial, como uma pandemia. Pouco mais de um ano se passou desde a primeira quarentena e de lá para cá dificilmente algum armário saiu ileso. A pergunta que fica é: que facetas do nosso estilo irão permanecer após essa fase? Aqui vão duas apostas, de acordo com a observação das pessoas ao meu redor e do mercado de moda.
A grande tendência comportamental, que já se fazia presente, mas foi potencializada com a vida dentro de casa é a busca pelo conforto, que deve continuar como prioridade nas escolhas diárias de que roupa usar. Se no começo eram o moletom e o cós de elástico, agora vemos uma profusão de tricôs, em conjunto ou peças separadas, igualmente confortáveis, mas um degrau acima em termos de formalidade. Afinal, muitos que trabalhavam fora, em códigos de vestimenta mais formais, passaram a trabalhar de casa, o que leva a segunda aposta: a ênfase na parte de cima.
Nas reuniões online e redes sociais o que é visto é o que acompanha o rosto. E isso tende a continuar, o trabalho híbrido é apontado como grande modelo de futuro do trabalho, segundo pesquisa recente desenvolvida pela Microsoft. Golas em polos e camisas, atenção para alças, ombros e mangas, brincos, colares, lenços, acessórios de cabeça, armação de óculos de grau, são alguns dos elementos que ganham destaque.
Entre coordenações com partes de cima mais elaboradas e partes de baixo ultra confortáveis (atire a primeira pedra quem nunca fez uma reunião calçando chinelos – eu sempre, inclusive), outros em que não há vídeos e passa-se metade do dia de pijama (as vezes a outra metade também) e aqueles em que só o fato de estar com algo mais “arrumado” te faz se sentir energizado, vamos vivendo, aguardando dias melhores que certamente virão.