É notável a forte presença masculina na história da Ciência. Na paleontologia não é diferente. Entretanto as mulheres estavam lá. Além da pesquisa, as primeiras cientistas lutavam pela classe e seus direitos.
Mary Anning nasceu em Lyme Regis, região litorânea da Inglaterra, conhecida como Costa Jurássica em 1799. Paleontóloga e colecionadora de fósseis, foi seu pai, um entusiasta da paleontologia, que a ensinou a coletar, limpar e manusear fósseis. Após sua morte, Mary continua a explorar e segue seus estudos por conta própria, inclusive anatomia e fisiologia.
Dentre as descobertas de Mary estão, o primeiro fóssil de Ictiossauro, um esqueleto completo de Plesiossauro, em 1823. Muito inteligente, estudou e inferiu que coprólitos são excrementos fossilizados. Além disso, desenhou e catalogou inúmeras espécies.
Naquela época, a academia científica era formada pela elite masculina. Devido a isto, diversas descobertas de Anning não foram creditadas com seu nome. Atualmente suas contribuições científicas são reconhecidas, entretanto a história se repete com outras mulheres ao longo do tempo. Mesmo nos dias atuais, mulheres são desacreditadas a todo tempo. A Ciência não possui gênero, é amoral e deve ser para todos e todas. A história completa de Mary pode ser conferida no filme Ammonite, estrelado por Kate Winslet.