Bem, as chamadas Fake News, ou Notícias Falsas, como preferir, é um conceito não tão novo assim. Desde que o mundo começou a noticiar as descobertas sociais, ao menos uma parcela dessas informações não são, em sua totalidade, verídicas. Isso ocorre devido à algumas formas, dentre elas: a maneira como o remetente recebe essas informações e replica aos seus destinatários; a intenção de manipular uma informação com um desejo meramente proposital, satisfativo do próprio ego, como também a velocidade com que um assunto é debatido na sociedade. Explicarei cada uma dessas formas.
A primeira delas diz respeito ao sujeito que vê, ouve e processa uma notícia. Em seguida ele replica, da maneira que bem entendeu, às vezes não intencional, mas há diversos tópicos que sequer foram mencionados. Resultado? A notícia foi recebida de forma incompleta.
A segunda já refere-se a um aspecto intencional. O sujeito tem aquela malícia por trás de uma informação e troca o sim pelo não, o nunca pelo sempre, o certo pelo errado. Resultado? A notícia foi recebida, porém irreal.
A terceira não tem a ver com o sujeito em si, mas com a própria informação, que se modifica, se esclarece, se torna objeto de análise. Nesse caso, a informação que antes era A+B, hoje passa a ser A+B+C. Resultado? A notícia já foi atualizada.
A vulnerabilidade social surge na medida em que as pessoas são envolvidas pelas fake news e se fecham para o que de fato é real. Muitas pessoas, por falta de conhecimento ou comodismo, preferem crer naquilo que as tranquiliza, mesmo que não seja o certo.
Isso torna-se um problema na sociedade moderna, haja vista a eficiência com que as noticias são veiculadas, seja na TV, jornais, redes sociais. É muito mais fácil acreditar em algo que se vê/ouve por questão de minutos, do que pesquisar sobre o mesmo assunto, que pode levar até algumas horas.
Diante disso, existem algumas orientações que podem amenizar os impactos causados pela vulnerabilidade social diante das fake news. A primeira, sendo a mais relevante de todas é pesquisar sobre o assunto. Não de forma superficial, mas buscar reunir conceitos e evidências. Se existirem provas ou testes sobre o que está sendo debatido, melhor ainda.
A segunda orientação é, evitar acreditar em tudo que se vê nas redes sociais. Eu sei que somos bombardeados de informações, mas, quando você duvida de algo, seu cérebro levanta hipóteses sobre o que pode ser o correto e aí já é o começo de um processo de averiguação da informação.
Terceira orientação (mais pessoal) é, as fake news não prejudica apenas quem as recebe, mas quem as transmite também. Evitem repassar informações com o intuito de induzir as pessoas ao erro, pois, antes de mais nada, quem está sendo enganado primeiro é você.
Por fim, concluindo o tema, caso você já tenha lido algo, pesquisado sobre o assunto e chegou à uma determinada conclusão, denuncie. Assim, a propagação de um conteúdo incoerente acaba por ali mesmo. Sei que temos a ampla liberdade de manifestação do pensamento, mas isso não significa dizer que as pessoas ao seu redor devam compartilhar da mesma informação que você. Incite o senso crítico das pessoas, pois uma sociedade intelectual e pensante tende a ser mais assertiva no tocante às informações que são vastamente debatidas em nosso meio social.