Foi o que você disse. Foi o que eu fiz. Mal eu sabia que a cada dia que passava eu estava em uma tentativa de te afastar de mim.
Pois é. É sim.
Pois eu estava cansada. Eu estava farta de carregar um peso que não era só meu além daquele que me atribuí.
Você não se importou em apontar os seus erros. Você disse que não é escravo do ego, mas a cada dia que passa você se mascara, não evolui, continua o mesmo.
Você me disse para ficar longe. Você me distanciou como uma terrorista e fez questão de esquecer quem foi o mais egoísta.
Segurar a língua estava na sua lista de exigências para ser querida.
Só que eu não fria. Eu não finjo quando tem uma merda que toca na ferida. E você sabia.
“Fique longe de mim…”
Eu achava que gostava de você, mas eu só estava perdida. Como eu poderia gostar de alguém com esse comportamento machista?
Você não quer ouvir a minha voz de desgosto, mas não encara a própria lama, se afoga no próprio esgoto. Você reclama do que eu digo, mas você experimentou ver a sua postura comigo? Pois é. Dava nojo.
Quem você pensa que é? Dobra os seus joelhos, garoto.
Quando você se foi eu não me preocupei, quase não doeu e sequer uma lágrima caiu do meu rosto.
Eu tenho meus defeitos sim. Não fujo deles e nem me escondo.
Eu vou embora com a consciência limpa de que eu fiz valer uma verdade que há dentro de mim sobre algo em você que está de errado, que é de mau gosto.
Mas depois disso tudo eu continuo sendo a sua vilã preferida e você se metendo mais ainda no fundo do poço.
Você fala do amor a vida, mas eu vejo que por dentro você está morto.