O G4 Educação está vivendo uma crise inédita, iniciada por uma declaração infeliz que ensejou a expulsão do cargo de presidente Tallis Gomes, atualmente com 37 anos de idade . A situação gerou uma discussão importante para o momento em que estamos vivendo: o papel das mulheres na nossa sociedade
Tallis, que cofundou o G4 Educação em 2019 após a venda de duas outras cocriações suas EasyTaki e Singu, será substituído pela atual diretora financeira, Maria Isabel Junqueira Fonseca Antonini– que segundo o Raiam Santos, contradizendo palavras da própria empresa, não é acionista -, mas será que este é o melhor caminho?
Entenda a Crise
Em meados de setembro de 2024, em resposta a uma pergunta nos stories no Instagram (Se sua mulher fosse CEO de uma grande companhia, vocês estariam noivos?), Tallis respondeu:
“Deus me livre de mulher CEO. Ela vai passar por um processo de masculinização que vai colocar meu lar em quarto plano […] estresse e pressão envolvida em uma cadeira como a minha […] psicologicamente precisa ser muito, mas mito cascudo para suportar. […] A mulher tem o monopólio do construir um lar e ser base de uma família […] o mundo começou a desabar quando o feminismo começou a obrigar a mulher a fazer papel de homem”. – com pequenas adaptações
Claramente, o que ele está falando é de uma escolha pessoal, não de um padrão de decisão corporativa, mas como a maioria das pessoas tem dificuldade de interpretação de texto ou sobre de má vontade, a informação que foi compartilhada pra frente foi: Ele é contra mulheres trabalhar e a empresa também. Isto não está certo.
O que viralizou nas redes sociais – no Twitter inclusive – foi o entendimento distorcido, não o que ele realmente disso e isso causou o seu cancelamento. Entre as mulheres que se manifestaram contra ele estavam Luiza Trajano, da Magalu, Renata Vieira, da Reckitt, Rafaela Rezende, da VTex, Claudia Meirelles, do Itaú.
Há também aquelas mulheres que não concordam com a repercussão e consideram a opinião de Talles apenas uma constatação da realidade crua que onde vivemos – como a Erica De Souza, da Grécia Boutique Travel, a podcaster Mayara de Lara, Marcela Zaidem, do Cultura na Prática, Andrea Janer, da Oxygen – entre outras.
Depois da repercussão, o Instituto Caldeira cancelou da palestra que Tallis Gomes daria na “Semana Caldeira 2024, ele foi retirado do conselho de administração da Hope Lingerie e os acionistas da G4 Educação resolveram convidar uma mulher para substituí-lo. Apesar da sua carreira exemplar (ex-Singu atual Bluma, ex- GPA e ex-Itaú Unibanco), a mulher escolhida Maria Isabel parece ser uma escolha apressada.
A tentativa da empresa de resolver o problema jogando uma pá de cal sobre ele não é a decisão mais adequada com as melhores práticas de governança corporativa. Governança Corporativa é a maneira como as empresas são dirigidas e controladas e o conceito abarca um conjunto de práticas e princípios que orientam a relação entre acionistas, conselho de administração, gestores, colaboradores.
O objetivo de qualquer empresa, além de gerar lucro, deve ser criar um ambiente onde todas as partes interessadas no negócio se sintam valorizadas e capacitados não somente a contribuir, mas também a prosperar. O sentimento consolidada no anos 2020’s é que liderança de sucesso deve ser inclusiva.
Uma empresa com cultura organizacional sustentável garante que preconceitos não prosperem e garante que pessoas de todas as origens sintam-se acolhidas pela estrutura corporativa em todos os níveis da organização. Não basta simplesmente demitir e contratar outro.
O que você acha dessa situação. A G4 tomou a decisão correta? O que podemos esperar da Isabel?
Um Comentário
Anônimo
Sugiro usar uma plataforma de LMS (ChatGPT, Gemini, Copilot etc.) para revisar o texto antes de publicar. Muitos erros grosseiros, deixa o leitor em dúvida sobre a capacidade de quem o redigiu. O certo, mesmo, seria estudar mais a língua-mãe, mas em caso de preguiça, usar uma ferramenta disponível já ajuda.