Falar de tecnologia sem falar no Gartner é no mínimo temerário, afinal é o líder de pesquisa em tecnologia de informação no mundo e uma das maiores empresas de consultoria. O Gartner trabalha a percepção de seus clientes relacionada com a tecnologia necessária para a tomada de decisões corretas, todos os dias. A partir de CEOs e líderes seniores de TI em corporações e agências governamentais, para líderes empresariais de alta tecnologia e de empresas de telecomunicações e outras de serviços profissionais, para os investidores de tecnologia, é o parceiro valioso para seus clientes em aproximadamente 10.000 empresas distintas em todo o mundo. Fundada em 1979, o Gartner tem sede em Stanford, Connecticut, nos Estados unidos, e possui 7.600 colaboradores, incluindo mais de 1.600 analistas de pesquisa e consultores e clientes em 90 países.
Por que falar do Gatner?
Por que as tendências tecnológicas no mercado digital para os próximos 5 anos, até 2020, são feitas por ele. As três primeiras dizem respeito aos mundos reais e virtuais. Isso mesmo, eles se comunicarão constante e ininterruptamente, onde a internet das coisas (internet of things – IoT) é a vedete do momento. As demais tendências dizem respeito à infraestrutura e arquitetura na TI e de como elas terão que suportar os negócios e os agentes inteligentes para a realização de todas as tomadas de decisão.
Os agentes inteligentes dos quais me referi são o que chamamos de algoritmos. Eles são o cerne, sempre foram, de toda essa revolução. Os algoritmos definem os rumos dos negócios baseados em análise de comportamento digital de cada um ou cada coisa que está conectada na rede global. à partir daí é que a indústria se movimenta para criar soluções para a sociedade.
Vejamos então quais as tendências que o Gartner nos permite conhecer, para que possamos tomar as nossas decisões profissionais, de investimentos, de capacitação e decisões:
Rede de dispositivos:
Com a expansão dos pontos de conexão, os endpoints, associados a uma URL, tudo poderá ser acessado, como se pudéssemos ter consciência de tudo o que nos rodei, claro, com a ajuda de dispositivos eletrônicos. Isso promoverá o acesso a dados e publicações pessoais e de governo, instantaneamente. Essa rede inclui dispositivos móveis, wearables, dispositivos eletrônicos de consumo e para residências, dispositivos automotivos e de meio ambiente – como sensores na internet das coisas (IoT). O mundo pós-mobile. Automação Residencial, lembram-se de Os Jetsons? Pois é, através da internet das coisas, muitas das tecnologias residenciais estarão sendo possíveis.
Ambiente de experiência do usuário:
A rede de dispositivos vai criar um ambiente de continua experiência, aumentando e intensificando o uso e análise de dados e informações. A UX (experiência do usuário – User eXperience), pode muitas vezes ser a diferença entre o sucesso e o fracasso de um projeto. Sistemas tecnológicos imersivos unindo realidade aumentada e a continuidade da fluidez dos dados no uso de dispositivos diversos, envolvendo tempo e espaço, misturando realidade e virtualidade. Isso vai fazer com que além de se preocuparem com os aplicativos, as empresas precisarão dar atenção nos seus sistemas para a interatividade e troca de informações entre todos, todos os dispositivos: cafeteira, teto solar, geladeira, telefone, condicionador de ar, porta, carro, etc.
Materiais de impressão 3D:
Já são utilizados diversos tipos de materiais em impressoras 3D, alguns tão tecnicamente designados que ficaria fora de foco mencioná-los, mas tem materiais como: ligas de níquel, fibra de carbono, vidro, tinta condutora, eletrônicos, produtos farmacêuticos e materiais biológicos. Todo esse universo de materiais têm provocado o aumento da demanda e das necessidades do usuário e a expansão de industria de matérias primas e de geração de uma nova linha de especializações profissionais para esse mercado.
Informação de tudo:
Toda a informação sobre tudo no mundo sempre existiu, mas nunca houve a oportunidade de conectar esses dados e torná-los completos, conexos, acessíveis. Graças à ferramentas semântica, ao avanço dos bancos de dados para uma interpretação gráfica do comportamento de seus atributos, mais as técnicas deanálise de classificação de dados e outras técnicas para análise de informações tudo isso vai ser organizado para dar um sentido mais amplo, muito mais importante que apenas conhecer mas saber além disso, mais que conhecer o material vai ser entender a sua aplicação e as consequências disso antes mesmo de fazer qualquer coisa. Isso se chama antecipar sem fazer para prevenir e tomar a decisão correta.
Machine learning avançado:
Esse ramo é enormemente interessante, por que trata da autoaprendizagem das inteligências digitais, ferramentas, máquinas, sistemas. Pra ser o mai simples possível faremos uma comparação. Hoje o que temos na área de desenvolvimento é a criação de um sistema intermediário que recebe dados e produz resultados baseados nas decisões pré-programadas na inteligência que o desenvolvedor criou. O Machine Learning trata do autoaprendizado de sistemas, não tendo mais a interferência do desenvolvedor, onde a inteligência analisará o que entrou de dados num sistema desconhecido e o que saiu de resultado. Baseado nessa análise o sistema cria uma inteligência que reproduz o que foi analisado. as redes neurais profundas (DNNS) irão para além da computação clássica e gestão da informação e criarão sistemas que poderão aprender de forma autônoma e perceber o mundo por conta própria. Hoje o que temos iniciando essa área como exemplo são aplicações de filtragem de spam , reconhecimento óptico de caracteres (OCR), motores de busca e visão computacional (é a ciência e tecnologia das máquinas que enxergam. Ela desenvolve teoria e tecnologia para a construção de sistemas artificiais que obtém informação de imagens ou quaisquer dados multidimensionais.).
Agentes e coisas autônomos:
Essa ciência do machine learning (avançado) abre um leque de possibilidades envolvendo máquinas inteligentes que poderemos ter num futuro próximo, bem próximo, pequenos sistemas assistentes genéricos para uso comum, mas também infintos sistemas especialistas auxiliando as próprias máquinas inteligentes. Um exemplo do inicio de toda essa revolução são os atuais assistentes digitais como: Google Now (da Google), Siri (da Apple), Tina (Epicentro Digital), Cortana (da Microsoft), Jarvis (o mordomo do Homem de Ferro), GateBox (da japonesa Vinclu), Nina (Nuance), M (Facebook), e outros que devem estar sendo criados ou serão e são os precursores dos assistentes virtuais que serão criados para aprender por si mesmos e que se tornarão a única interface com que os usuários terão que interagir.
Arquitetura de segurança adaptativa:
As infra-estruturas de TI estão mudando constantemente, motivo pelo qual as soluções de segurança necessitam de adaptações eficazes, como arquiteturas preditivas e sensíveis ao contexto. A tendencia é a de que a dinâmica de conexão, a alta oscilação de quantidade de ativos, o inflacionamento vertiginoso do alcance e das coisas conectadas, mais todos os sistemas embarcados, a diversidade de sistemas e aplicações, em formato e técnica, exigirá maleabilidade, flexibilidade e mutabilidade em um complexo sistema de segurança.
Arquitetura de sistema avançada:
Sistemas construídos em GPUs e FPGAs (circuito integrado projetado para ser configurado por um consumidor ou projetista após a fabricação) funcionarão como cérebros humanos. Arquitetura computacional híbrida baseada em DSP e FPGA, que terão como principal função a auto-aprendizagem profunda e de algoritmos diversos, promovendo a distribuição de algoritmos menores, para consumo baixo de energia, para todos os endpoints da rede, de forma ubíqua em todas as coisas, como casas, carros, relógios de pulso e até mesmo seres humanos.
Arquitetura de serviço e redes de aplicações:
A demanda de serviços de aplicação vai ser tão intensa que precisará ser gerida e suprida por softwares, o que permitirá performance, agilidade e flexibilidade em escala web. Imagine todas as micro conexões adquirindo a amplitude de uma rede web. Isso se refletirá em todas as coisas da internet.
Plataformas de internet das coisas:
Tudo que se pensa hoje inevitavelmente se pensa em IoT (internet das coisas, Internet of Things), então as empresas que estão querendo criar negócios pra isso terão que pensar em uma plataforma que seja a linha de distribuição dos serviços ou de conexão dos sistemas, uma plataforma que seja capaz de suportar toda a demanda de hardware, software e serviços, e de todas as coisas periféricas da rede.
A partir de toda essa análise, pode-se perceber o “mundaréu” de coisas novas em potencial, que estão latentes em nossa sociedade tão ansiosa, tão requerente, tão motivada e ao mesmo tempo tão capaz. A avalanche de tecnologias que estão se popularizando já iniciaram o processo de compreensão e de capacitação para o recebimento das novas que virão.
Que avanço tecnológico você, leitor, está esperando que aconteça?
Existe alguma tecnologia que está sendo negligenciada e que você acredita ser de valor?
Qual tecnologia você acha que poderia ser bem vinda para solucionar os problemas da humanidade?
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