Em 1983, um filme paralisaria o mundo: O dia seguinte (The day after). Tratava-se de uma longa que começa com um pequeno desentendimento entre as ainda existentes Alemanha Ocidental (de influência estadunidense) e a Alemanha Oriental (de influência soviética). Desse entrave, tropas de ambos os lados entram em pequeno conflito que ganha escala. Primeiro, com bombas convencionais. Depois, um dos lados resolve lançar uma bomba atômica de pequena potência. Por fim, os silos de mísseis transcontinentais são acionados: Estados Unidos e URSS se desmancham em grande cogumelos radioativos.
Por que Einstein, quando perguntado sobre como seria a terceira mundial respondeu: “a terceira, eu não sei, mas a quarta será de pau e pedra”?
Um conflito nuclear é um suicídio universal. O filme que citei ilustra bem o que ocorreria e por isso foi tão impactante para todos na época. Além da capacidade direta de destruição das bombas, teríamos a radioatividade.
A radioatividade é extremamente cancerígena. As células do corpo submetidas a ela logo se transformariam em células tumorais, especialmente tumores sanguíneos. Isso geraria hemorragias e mortes dolorosas. A morte dos sobreviventes ao holocausto nuclear seria uma questão de tempo, de um tempo sofrido. O mundo passaria por uma poluição sem precedentes e tudo estaria praticamente contaminado por muitos anos, décadas.
Seria praticamente o fim.
As pessoas precisam entender a capacidade devastadora dessas armas. Por isso, estamos muito atentos e confiantes à questão entre Ucrânia e Rússia. A Rússia não está entre as 10 economias do mundo mas tem o maior arsenal atômico do mundo, herança da URSS, na frente dos Estados Unidos e da China.
Não queremos Nagasaki, nem Hiroshima, nem Kiev, nem Moscou, nem Washington. Não queremos uma nova Guerra Fria, mas muito menos queremos uma Guerra quente, repleta de fogo cogumélico, aniquilando anos de uma próspera humanidade.
Fiquemos atentos e confiantes. E otimistas sobre o fim do conflito em andamento.
Se não, preparemos paus e pedras.