Quando falamos sobre o gênero de Aventura, com certeza a franquia Indiana Jones é uma referência! Trazendo no quadro de criação, nomes como George Lucas e Steven Spielberg, os filmes foram sucesso de crítica e bilheteria. Aqui vamos falar sobre o longa pioneiro da sequência, “Indiana Jones e os caçadores da Arca Perdida”.
Breve resumo da história
O professor de Arqueologia, Henry Jones Junior (Harrison Ford), nos momentos em que não está lecionando, tem como hobbie, procurar e guardar relíquias espalhadas pelo mundo. Tendo seu auterego, o nome Indiana Jones, conhecido por realizar grandes buscas, é convidado a não deixar que um artefato religioso e com poderes místicos, caia nas mãos dos nazistas, que almejam dominar o mundo com as propriedades do objeto denominado, “Arca Perdida”.
Criando Indiana Jones
George Lucas e Steven Spielberg tem amizade que vem de longa data e devido a isso, sempre conversaram sobre parcerias para futuros filmes. Acontece que os dois são amantes incontestáveis da mesclagem entre os gêneros de Ação e Aventura e Ficção Científica. George tinha acabado de fazer Star Wars (1977) e queria tirar outra ideia do papel, que envolvia um herói com características semelhantes às de James Bond. O nome inicial do personagem seria Indiana Smith.
Lucas levou sua proposta a Steven, que ficou muito animado em dirigir o projeto, com algumas ressalvas. Eles acordaram que o nome do protagonista, em vez de ser Indiana Smith, deveria ser Indiana Jones para gerar mais impacto, e assim perdurou.
O nome Indiana foi uma homenagem feita ao cachorro de George. Outras marcas registradas são o chapéu, a jaqueta de couro, a pistola e o chicote, que fazem parte da identificação visual do personagem, por onde ele passa.
A estrutura do longa-metragem
O filme é considerado um clássico da década de 80, carregando um conjunto de convenções estabelecidas entre as produções de Ação e Aventura. Isso inclui personagens caricatos e enredo com previsibilidade exacerbada.
Trazendo roteiro clássico, nós acompanhamos Indiana Jones, que no meio de desafios e provações, está totalmente engajado na Jornada do Herói. Suas motivações são basicamente as mesmas do James Bond, que entra na aventura para sentir a adrenalina causada pela pulsão de quase morte. Não podemos deixar de falar sobre seu relacionamento amoroso com Marion (Karen Allen), que é explorado pelos inimigos, na forma de fraqueza, com a finalidade de causar a rendição de Jones.
Os efeitos visuais, atualmente se encontram datados, mas as tecnologias disponíveis à época foram bem utilizadas, inclusive tendo boa interação entre os atores e efeitos de computação. Lembrando que George e Spielberg têm a característica de valorizar e serem cuidadosos com os efeitos especiais de seus filmes, por tanto, esta parte não ficou a desejar.
Com certeza, a Direção de Arte é o ponto destaque, pelo fato de construir cenários maravilhosos e reforçar as situações apresentadas, através das vestimentas e objetos.
Vale a pena assistir?
Os clássicos sempre valem a pena assistir, principalmente se você quer entender sobre a evolução histórica da Sétima Arte. Claro que tem ressalvas, principalmente quanto ao conteúdo apresentado no roteiro.
Esse é um filme que claramente parou na época em que foi feito, e não falo apenas dos efeitos especiais. As histórias onde mulheres dependem dos homens para não serem vulneráveis, ficaram no passado. É interessante assistir o Indiana exalando virilidade, mas chega momentos que o exagero é demais. Há situações que a Marion claramente pode dar conta, mas o filme tira esse poder dela, e mesmo que isso faça parte dos Roteiros Clássicos, acaba atrapalhando a experiência de que assiste atualmente.
O longa é lembrado por cenas e trilha sonora marcantes, então continua tendo força quanto às memórias sensoriais criadas.
Por fim, vale a pena assistir, mesmo que abordando algumas questões, tenha parado na década de 80.