Os golpes digitais estão cada vez mais presentes, sejam eles em forma de aplicativos que prometem muito e entregam pouco sejam eles superofertas ou engenharia social por WhatsApp e e Facebook, de ofertas tentadoras de emprego. Os bandidos estão cada vez mais sofisticados e – segundo o advogado Francisco Gomes Junior – a última a cair nesse tipo de golpe foi a influenciadora digital Amanda Lusant.
Amanda disse que “teve sua linha celular hackeada, após solicitar um serviço de sua operadora. O golpista apoderou-se de minha linha celular e conseguiu assumir o controle do meu perfil no Instagram, impedindo meu acesso e meus negócios. Além disso, conseguiu logar-se em aplicativo de conversação e, como se fosse eu, pediu dinheiro para meus contatos e alguns deles, de boa fé e entendendo que estavam me ajudando em alguma emergência, fizeram transferências via pix para os golpistas.”
O problema de Amanda não é incomum e vários influencers e personalidades veem sendo vítimas de invasão em seus perfis, com o golpista assumindo o controle das mídias e buscando ganhar dinheiro com isso.
Segundo o especialista em direito digital Francisco Gomes Junior, casos como o da Amanda estão acontecendo até mesmo no atendimento em lojas das operadoras. Um dica que ele dá é ficar de olho no celular o tempo todo, até mesmo quando um atendente de operadora de celular manuseie o seu chip ou smartphone.
Ter o seu perfil hackeado, invadido por um golpista, representa não somente um prejuízo material, mas também muita dor de cabeça. Muitas vezes para recuperar seu perfil, a vítima contrata uma assessoria técnica, tendo que arcar com esse custo. “A situação é de extremo stress, gera um desespero, pois o perfil é onde tenho minha exposição profissional. Fiquei noites sem dormir até conseguir recuperar minha conta, chorei bastante, enfim, senti que sequestraram minha vida nesses dias”, afirma a influencer.
“Infelizmente, cuidamos de vários casos como o da Amanda. Portanto, se for vítima de um golpe de invasão a seu perfil, faça imediatamente um Boletim de Ocorrência, que permitirá uma investigação por parte das autoridades policiais. E reúna todas as provas possíveis, desde protocolos de atendimento, prints de conversas, e-mails, recibos com despesas, enfim, tudo o que comprove o que ocorreu. Cada caso é um caso, mas um advogado poderá avaliar se há maneiras de buscar um ressarcimento dos prejuízos materiais e morais sofridos”, complementa Gomes Junior, que também é presidente da ADDP (Associação de Defesa de Dados Pessoais e Consumidor).