Na madrugada dessa segunda-feira (22/03), às 03:07 no horário de Brasília, aconteceu o lançamento de mais um satélite brasileiro, o NanoSatC-Br2.O satélite foi lançado a bordo de um foguete russo Soyuz-2.1a, a partir do Cosmódromo de Baikonur, Site 31/6, no Cazaquistão.
O foguete levou o satélite CAS500-1 da Coreia do Sul e outros 36 satélites, além do satélite brasileiro. O lançamento estava previsto, inicialmente, para sábado (20/03), foi adiado para domingo e depois para esta segunda-feira que aconteceu mesmo
com chuva no local. A Glavkosmos, subsidiária da agência espacial russa Roscosmos, responsável pelo lançamento conjunto, confirmou que todos os satélites foram inseridos nas órbitas planejadas.
O NanoSatC-Br2 é um satélite do tipo CubeSat. Este é um tipo de satélite muito utilizado por universidades e empresas pelo fato de possuir muitas características padronizadas e de ser modular. O menor tipo de CubeSat, normalmente utilizado,
é o chamado 1U que é um satélite com dimensões fixas (um cubo com uma aresta de 10 cm) e peso de até 1,33 kg. Assim podem ser criados satélites com mais unidades como um CubeSat 2U, 3U e várias outras combinações de tamanhos. Grande parte dos CubeSats entram na categoria de nanossatélites ou nanosat que possuem um peso variando entre 1 kg e 10 kg.
O NanoSatC-Br2 é um CubeSat 2U com um peso de apenas 1,72 kg e pode ser classificado como um nanosat. Ele faz parte do projeto universitário NanoSatC-Br da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) – RS. O projeto contou com o apoio da Agência Espacial Brasileira (AEB)/Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI) e do Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (INPE). Inclusive, o INPE foi local onde o satélite foi integrado e testado, aqui no Brasil, no Laboratório de Integração e Testes – LIT do Instituto em São José dos Campos – SP.
O NanoSatC-Br2 tem como objetivo realizar estudos sobre o campo magnético terrestre em uma órbita baixa e a precipitação de partículas energéticas ionizantes. Além disso, vai qualificar tecnologias espaciais na operação do
satélite e um ganho de conhecimento extremamente importante para todos os brasileiros envolvidos no projeto.
Um Comentário
Leonardo
Parabéns aos estudantes e aos demais envolvidos