Nos últimos meses, as startups de mobilidade urbana passaram a se proliferar. Embaladas pelo sucesso de Chariot, Loup, Uber, Lyft, 99 Taxis, Easy Taxi, Luxe, algumas empresas perceberam a possibilidade de favorecer o transporte coletivo em detrimento do privado, como é o caso do Leap Transit e Bridj.
Mesmo com a proliferação de ciclovias e bicicletas compartilhadas nas maiores cidades do país, a mobilidade urbana continua sendo uma preocupação eminente das populações urbanas. Novas oportunidades de atuar no transporte público tem chamado a atenção de fundos de investimento como Andreessen Horowitz, Index Ventures, Slow Ventures que investiram cerca de USD 2.5 milhões somente na Leap Transit.
Eles pegam ônibus antigos e os reformulam todo o conceito do transporte de casa para o trabalho. A aparência do ônibus é modificada, mas o destaque fica mesmo é com os mimos que oferecem aos passageiros e, principalmente na forma de pagamento.
Utilizando o smartphone o usuário cadastrado pode dirigir-se a um dos pontos de ônibus e pagar com QR code pela viagem. Com preços que variam de 4 a 6 dólares por viagem, o único trajeto disponível é de Marina Bay ao centro da cidade.
Nesse trajeto que pode levar até 25 minutos de ponta a ponta, o usuário pode usufruir de Wi-Fi, entradas USB para carregamento de seus gadgets, bancadas para apoiar seus laptops e ainda de uma pequena lanchonete. Rodando apenas nos horários de pico e com gás natural o que o Leap Bus oferece é uma opção mais confortável e ambientalmente sustentável ao cidadão.
É uma mistura de cafeteria, coworking e lounge, tudo em um só lugar. E para aqueles que escolherem dividir com a empresa suas informações pessoais, ela lhes fornecerá informação daqueles que estiverem compartilhando a viagem consigo.
Através do aplicativo da empresa, você pode saber exatamente onde está o seu ônibus e quantos assentos ainda estão livre. Assim você pode decidir melhor se vale mais a pena pegar o transporte compartilhado em seu formato coletivo – os “ônibus” – ou particular – os “taxis”.
Como no Brasil o transporte público é uma concessão pública, a criação de startups como esta demorará a aparecer por aqui, já que a própria dinâmica do empreendedor que cria esse tipo de empresa é incompatível com a morosidade de Processos Licitatórios e alianças políticas. Apesar dos esforços, para que o transporte urbano seja mais eficiente e mais inteligente não creio que empreendedores como o CEO da Leap Kyle Kirchhoff apareçam por aqui tão cedo.
Conheça o trabalho deles: leaptransit.com/