Já foram feitas inúmeras tentativas de tornar aplicativos de vídeo populares e móveis. Apesar de ter havido evolução das chamadas de vídeo do MSN – passando por Skype, Chatroulette, Airtime – e chegando ao Hangouts, a mobilidade ainda é um grande desafio. O Meerkat app veio reivindicar o lugar que é seu por W.O..
Em poucas palavras, o Meerkat é o Snapchat dos vídeos ou o Vine sem a limitação de tempo e ao vivo. O aplicativo associa a conta do usuário à seu nome no Twitter e permite que ele faça transmissão de vídeo ao vivo direto do seu smartphone para o microblog. É como se fosse um Facetime público.
Além de permitir que desconhecidos possam ver a transmissão, é possível que a pessoa que grava os vídeos veja os comentários e interaja em tempo real com o seu público. O CEO da empresa Ben Rubin garante que o conceito do aplicativo é conectar as pessoas e ultrapassar barreiras geográficas e que no momento não está se preocupando com problemas de direito de imagem – que podem ser suscitados pela utilização do app em eventos fechados como a Formula 1 ou UFC, por exemplo.
Para evitar situações sociais embaraçosas e situações legais comprometedoras o Meerkat estabeleceu algumas “regras” para seus usuários – nada de extensa EULA:
- Tudo o que acontece no Meerkat é replicado no Twitter;
- Os streams de vídeo serão enviados para os seguidores em tempo real através de “push notifications”;
- Tudo acontece ao vivo*, o Meerkat não armazena seus vídeos, mas você pode guardá-los no seu telefone;
- A audiência pode retransmitir um stream original para os seus seguidores;
- Seja gentil.
Após levantar 12 milhões em investimentos da Greylock Partners – chegando a uma avaliação global de 50 milhões – e de explodir em popularidade após o SXSW (South by SouthWest), a expectativa é que o hype em torno do aplicativo aumente ainda mais popular com sua utilização nos eventos públicos que inauguram a Primavera no hemisfério norte. Não só usuários comuns estão se ocupando com o app, há também alguns desenvolvedores trabalhando com o API do projeto.
Uma vez que a intenção do Meerkat é manter as pessoas conectadas no momento presente, assim que a transmissão acaba só resta para a audiência seguir o transmissor ou comentar nas redes como foi a experiência. O desenvolvedor Tarikh Korula resolveu esse problema. Simplesmente adicionando a hashtag #katch, os vídeos podem ser salvos na conta do Youtube de quem adicionou a tag.
Assim como, por uma estratégia de marca, o Twitter mandou fechar o Twitpic e comprou o Vine, aparentemente, as únicas estratégias de longo prazo para o “#katch” são integrar-se à equipe do Meerkat ou vender a funcionalidade para eles. Contudo, nenhuma das duas opções parecem plausíveis já quem Tarikh já tem sua própria empresa de internet – Seen.co – e a tendência é que Meerkat adicione essa funcionalidade em breve, já que comprou o competidor Periscope.
O problema de criar uma aplicação que depende integralmente de outra empresa é recorrente nas startups atuais e, mais sedo ou mais tarde, terá de ser enfrentado tanto pelo Meerkat quanto pelo #katch. Sairá ganhando quem agir diplomaticamente e livrar seu modelo de negócios dessa dependência.
O que você acha? O Meerkat é só mais uma onda da internet ou veio pra ficar?
Um Comentário
Pingback: Periscope, o App de Transmissão de Vídeo Oficial do Twitter | Tecno Veste
Pingback: Beme, um app de vídeo que compartilha a vida real do usuário sem tirá-lo do momento presente - TecnoVeste