O MIT, Instituto de Tecnologia de Massachusetts, uma das instituições acadêmicas mais respeitadas no mundo, publicou uma lista de 10 tendências tecnológicas. Fundada em 1861, em resposta à crescente industrialização dos Estados Unidos, o MIT adotou um modelo europeu universidade politécnica e salientou a instrução laboratorial em ciência aplicada e engenharia.
Os pesquisadores trabalharam em computadores, radares e em sistemas de navegação inercial durante a Segunda Guerra Mundial e da Guerra Fria. A pesquisa de defesa pós-guerra contribuiu para a rápida expansão do corpo docente e do campus sob o comando de James Killian. O atual campus de 68 hectares foi inaugurado em 1916 e se estende por 1,6 quilômetro ao longo da margem norte da bacia do rio Charles.
Computação quântica
Computadores quânticos processam informação de uma maneira única e muito rápida. No ano passado, um computador quântico fez um cálculo em três minutos que levaria 10 mil anos em um supercomputador normal. A aposta do MIT é que nos próximos anos essa tecnologia avance a ponto de conseguir solucionar problemas mais próximas da realidade.
Criptomoedas
Isso não se trata apenas de criptomoedas, que são baseadas em códigos e chaves. O dinheiro digital também pode ser baseado em reservas de dinheiro, mas em sistemas financeiros consolidados, como o dólar ou yens. No ano passado, o Facebook anunciou a Libra, sua moeda digital, mas foi cancelada após alegações de que estaria apenas corroborando com a hegemonia norte-americana.
Mega constelações de satélites
A SpaceX pretende lançar quatro vezes mais satélites esta década do que a humanidade lançou desde 1960. Os projetos atuais são mais baratos e eficazes do os modelos anteriores. Hoje, os satélites podem ser reutilizados, custam pouco e podem ser lançados em conjunto dentro de apenas uma nave de lançamento
Medicina hiperpersonalizada
Estudos buscam desenvolver uma droga capaz de se moldar aos genes de cada paciente para “consertar” falhar genéticas para as quais não existem tratamento. Doenças genéticas raríssimas, normalmente, não têm cura e as drogas adaptativas seriam uma opção.
Drogas contra o envelhecimento
As primeiras drogas contra o envelhecimento já começaram a ser testadas e, no segundo semestre, a Unity Biotechnology, empresa de São Francisco, nos EUA, espera divulgar alguns dos resultados. O objetivo desses medicamentos é impedir doenças, como artrites, câncer, demência e problemas no coração. A empresa Alkahest está coletando sangue de pessoas jovens e separando alguns elementos para injetar em pessoas mais velhas como uma tentativa de curar Alzheimer ou Parkinson
Protocolos mais seguros para Internet
Cientistas estão desenvolvendo uma internet baseada em física quântica que tem a proposta de ser a mais segura. A tecnologia ainda não tem data para lançamento. Por enquanto, a equipe que trabalha no projeto conseguiu transmitir informações criptografadas a apenas até 1,5 quilômetro sem precisar de um transmissor. Pesquisador da Universidade de Delph afirmam que é possível criar uma rede em escala global até o final da década.
Privacidade diferencial
Um grande problema para governos e empresas é coletar dados sem invadir a privacidade dos usuários. As informações contem traços de quem é o indivíduo e permite que ele seja identificado, mesmo com dados considerados anônimos. A privacidade diferencial é uma tecnologia que coloca diversos ruídos nas informações a ponto de tornar inviável o rastreamento da fonte. As informações são embaralhadas, como alterar a idade ou sexo da pessoa, mas sem prejudicar as informações que são importantes
Inteligência artificial pequena
A tecnologia de inteligência artificial ainda consome muitos dados e poder de processamento, o que limita a velocidade e gera uma pegada de carbono enorme. O desafio é transformar esses grandes dispositivos em chips que caibam em qualquer celular e com muito menos energia. Os dispositivos de hoje dependem muito dos armazenamentos em nuvens, e, a centralização desses chips em si mesmo deve ajudar com problemas de privacidade dos usuários.
Inteligência artificial molecular
Existem infinita possibilidades de combinações moleculares que poderiam curar doenças ou criar formulas revolucionárias. Para acelerar o processo para encontrá- las, cientistas estão usando inteligência artificial para explorar dados e gerar soluções de maneira mais rápida e barata. Em setembro, uma equipe de Hong Kong conseguiu encontrar a primeira delas a partir do uso dessa tecnologia. Colocando as características essenciais para a cura da doença, o computador testou mais 30 mil moléculas para chegar em 6 possíveis combinações, que estão em fase de teste.