Já tem alguns anos que o movimento antivacina está em ascensão. Questões como tomar ou não tomar a vacina contra a Covid-19, questionar a confiança na ciência, não deveria ser pauta em 2021.
A varíola foi uma doença que matou mais de 300 milhões de pessoas. Sua vacina foi descoberta em 1789 e publicada em 1798 por Edward Jenner. Apesar da vacinação ser obrigatória, no Brasil, primeiro em crianças (1837) e depois em adultos (1846), a população não demonstra interesse em se imunizar.
Posteriormente, em 1904, o hospital São Sebastião, no Rio de Janeiro, divulga que 1800 pessoas estão internadas com varíola. Com isso, Oswaldo Cruz propõe o projeto da obrigatoriedade. Apenas quem comprovar estar vacinado, pode conseguir contrato de emprego, matrícula em escolas, certidão de casamento e etc. Consequentemente, causa revolta na população.
Atualmente, já sabemos o desfecho dessa história. À vacinação em massa resultou o fim da varíola em 1980. Qual o motivo do crescimento do movimento antivacina, se sabemos que as vacinas auxiliam no combate de doenças?
Em 1998, a revista Lancet publicou um artigo que associa o aumento de casos de autismo em crianças com a vacina tríplice viral. Mesmo a revista ter se retratado e provado que os dados utilizados eram falsos, essa informação tornou-se munição aos integrantes do movimento.
Com as campanhas de vacina contra o Covid-19 em alta, o movimento antivacina continuou a crescer. Certamente o motivo foi a descoberta da vacina e o fim dos testes em tempo recorde. Como resultado, surgem diversas teorias da conspiração e fake news diariamente. Por fim, infelizmente quem perde somos todos nós.