Muitas pessoas não valorizam a ciência. Elas acreditam que essa coisa de ser cientista é bobagem, que útil mesmo é ser médico, advogado (claro que sabemos que médicos e advogados também podem ser cientistas). Também tem aqueles que até acreditam e valorizam a pesquisa. Mas acham que isso é algo muito distante. Que não é para ser feito nem compreendido pelas “pessoas comuns”. Mas por que isso acontece? Em geral, acontece porque as pessoas não ouvem falar o suficiente sobre ciência. Elas não têm muito conhecimento sobre o tema, além do pouco que aprendem na escola e das raras notícias que chegam pela grande mídia (rádio, TV e jornais). Nem mesmo 1% do que é produzido de conhecimento pela ciência chega no grande público.
É claro que existem movimentos anti-ciência, fundamentados em questões religiosas (entre outras) por exemplo. Mas a verdade é que a maioria das pessoas simplesmente não têm informação o suficiente sobre o tema. Como as pessoas podem valorizar algo que elas não conhecem e não entendem?
Um bom exemplo são as correntes anti-vacina. Muita gente não entende nada sobre uma vacina, como ela funciona ou como ela é produzida. Às vezes, a única fonte de informação que uma mãe ou um pai tem são as notícias vistas nas redes sociais. WhatsApp, por exemplo, é considerado fonte de informação por muitos. As redes sociais, com muita frequência, estão lotadas de fake news. Só que a maioria dos leitores dessas fake news não tem conhecimento técnico sobre os assuntos abordados, e nem estão treinados para procurar fontes e referências em sites confiáveis. Muitas dessas pessoas, não acreditaria em fake news sobre vacinas, se elas fossem mais bem informadas.
Por causa de todos esses fatores é essencial fazer divulgação científica. Só que ela não deve ser feita apenas por grandes canais. As pessoas precisam saber que os cientistas não são apenas os grandes Youtubers que falam sobre ciência. Elas precisam ver o cientista que está em cada professor universitário, aluno de metrado/doutorado e aluno de iniciação científica. A ciência precisa ser humanizada para o público. O cientista é o irmão, o amigo de infância, o vizinho de alguém. E os cientistas precisam falar também com essas pessoas de uma forma diferenciada da usada para falar com outros cientistas. Eles têm que falar didaticamente, sem jargões, pros seus amigos, vizinhos, familiares.
Vamos aproveitar as nossas redes sociais, os nossos perfis pessoais mesmo e falar sobre ciência. Eu desafio você que é cientista: faça um post hoje, no seu facebook ou no seu instagram, contando pra todo mundo o que você faz e como isso impacta na vida das pessoas. Depois vem aqui e me conta como foi!
O que o Facebook está fazendo para combater as Fake News?