Por onde costumamos andar, vemos gente. Ao assistir a TV ou às mídias sociais, vemos gente. Ao assistir um show ou um jogo, vemos muitas pessoas (pelo menos antes da pandemia!). A concentração humana é comum: somos mais de 7 bilhões! Mas será que as maiores concentrações de uma espécie animal são humanas? A resposta é não.
Sabe qual a maior concentração animal já testemunhada no planeta? Misteeeeeeerio. Ela aconteceu nos Estados Unidos, em Nebraska, no estado do Kansas. Em 1875, o céu de dia ficou como a noite dado o número de insetos no ar. A estimativa não é precisa mas há números que giram em torno de incríveis 3,5 trilhões de … gafanhotos. Isso mesmo uma inimaginável nuvem de gafanhotos! Nunca houve algo tão aglomerador desde então!
O conceito de nuvem tão usado na cibercultura tem raízes no ar e nos gafanhotos. Aliás, a mística em torno da nuvem de gafanhotos é bíblica. A oitava praga enviada por Deus para os egípicios! Recentemente, há um filme francês que traz essa interessante e aterrorizante aglomeração dos gafanhotos novamente. O filme “A nuvem” (2021) de Just Philippot com a atriz Suliane Brahim (Virginie) traz uma trama muito legal que perpassa pela luta de uma mulher como mãe e provedora do lar, empoderando acertadamente esse lugar feminino. O thriller usa os gafanhotos, cuja farinha é mais proteica que a carne bovina, como aposta financeira de Virginie para si e para seus dois filhos adolescentes. Assim, um aspecto importante do filme é que transforma aparentemente uma praga agrícola em investimento. Com dificuldades de criar os artrópodos, acidentalmente, Virginie descobre que o sangue faz com que a reprodução e o crescimento deles aumentem incrivelmente. Depois… assistam!
Gafanhotos. É mais uma reverência a esses insetos que, apesar de não sugarem sangue nem atacar tão diretamente seres humanos, fazem parte de um temor coletivo por gerações e gerações. O animal com maior população reunida que já testemunhamos.